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Mostrando postagens de junho, 2019

Doce

A ida --- A volta sobre o Doce Suas costelas secas As margens gordas demais mesmo fora de estação Os animais O levanta-menino vem-cá-ver O mar imenso dava medo A gente flutuando feito nave sobre o infinito , sem saber A água que restou segue o fluxo do rosto [caudalosa] A água, (Deus, a água!) não pode mais ser chamada pelo fio podre de rio escorrendo arredio abaixo da estrada A chuva, quando ousa é apenas para mover os bancos de areia daqui prali          dali pralá Ajeitando os rejeitos de Minas Sangue coagulado de minérios Dizimando a vida pouca entre poças de vermelha miséria Mesmando-se nos monturos Terra seca, urubus e restolhos Um auto do mais ermo desamparo Doce, meu imenso Doce Estertorando para desaguar na compaixão do mar A face que se dissolve fácil O corpo que solidifica amaro