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Mostrando postagens de janeiro, 2022

Matrix Resurrections

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  Ok, não é ruim, mas eu confesso  que esperava mais do filme. Deixando de fora o primeiro,  um clássico absoluto, e na minha  opinião um dos melhores filmes  da história do cinema, neste 4  teve melhora dos diálogos e  contextualização dos  personagens na comparação com  os dois últimos, mas esse esforço  se perde quase todo nas  entediantes cenas icônicas  de luta e na ação em geral,  no estilo do II e III, além de exagerar na tentativa de explicar  a ressurreição dos protagonistas e na busca irritante de referência ao clima cativante  do primeiro da franquia

Sapiens

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Dos rudimentos do quase-humano mapeados  no tempo, até a inteligência artificial da civilização que neste instante procura superar o legado monolítico do 0 e 1 dígitos binários, tudo isso através de uma leitura bastante ampla sobre as ambivalentes potencialidades conjugadas às incoerências e mazelas da era digital, passando com um olhar de enorme síntese sobre todas as fases da humanidade bem conhecidas (acrescentando a cada tópico pontos curiosos e histórias paralelas sobre fatos e eventos fortuitos) , a grande virtude desse livro ao se propor tarefa um tanto pretensiosa, é fazer isso com uma linguagem acessível principalmente a quem não é da área de humanidades.  Não é um livro sem alguns méritos, ainda que  a meu ver tenha sido superestimado desde o início (a grande arte do mercado editorial gringo, de sempre se fazer passar por algo original e virar best-seller). Se alguém há pouco já ouviu falar das contundentes leituras contemporâneas de Zizek, Agamben, Baumann,  Byung Chul-Han,

Kodak

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( Para meu pai) ------ Barra de Itapemirim, dia desses. Gaivotas, muitas. Dando rasantes na beira  Catando resto de peixes da rede estendida Os cascos dos barcos emborcados na areia  tomando sol. O forte cheiro do sal Maresia cortando o ar O diesel dos motores e tinta fresca num pequeno estaleiro mais afastado Nomes de mulheres pintados nas proas e alguns nomes de santo: Evelyse, Tia Joana, Flores de Iemanjá, Nossa Senhora dos Navegantes, Santa Clara Naquele tempo me pareciam grandes Navios descansando depois do temporal  Solenes,  Gigantes guerreiros em honorável silêncio. Medo de imaginar até onde teriam ido, dias e dias na pesca sem ver terra e agora jaziam calmos recompondo-se beira dareia como recém-chegados da luta contra Moby Dick Atarefados, nós, na venda de beira-cais. Biscoitos  e café, suco, maçãs numa sacola, balas. Camarões amarrados no gancho, chumbada  pesada demais para a modalidade de pesca  Boné na cabeça pra ter sossego Pai: joga a chumbada, filho  Filho: mas não lan

Dos filmes necessários

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