o tempo

A mirada das cavernas
vejo só um pálido sol
situado no horizonte

Vejo Platão e suas sombras
refletidas, grilhões criados pelos
próprios escravos
sob o medo da liberdade

pois a liberdade sempre amedronta

Esse barco do tempo veleja
rápido demais
e na vertigem de já estar aqui, agora
sinto calor em agosto
como se ainda fosse janeiro