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Mostrando postagens de setembro, 2016
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Matéria legal sobre o nosso livro de contos "Manga Verde", contemplado no edital Secult/Funcultura 2015, e publicado este ano, pela Editora Cousa. https://www.anajustra.org.br/espacocultural/post/558/Escritor-autodidata-servidor-do-TRT17-lanca-livro-de-contos Escritor autodidata, servidor do TRT17 lança livro de contos Para ler   15/09/2016 0 Comentário(s) 0 "Sou autodidata e comecei a escrever ainda criança, talvez como resultado direto do primeiro contato feliz com os livros. Tive a sorte de sempre ter tido muito estímulo com a leitura em casa, desde criança." Se a leitura e, principalmente, a escrita sempre esteve presente na vida do servidor do TRT17, Claus Zimerer, a intenção mais "séria" de publicar seus escritos sur

CARTAS A UM JOVEM POETA

"(...) O senhor me pergunta se os seus versos são bons. Pergunta isso a mim. Já perguntou a mesma coisa a outras pessoas antes. Envia os seus versos para revistas. Faz comparações entre eles e outros poemas e se inquieta quando um ou outro redator recusa suas tentativas de publicação. Agora (como me deu licença de aconselhá-lo) lhe peço para desistir de tudo isso. O senhor olha para fora, e é isso sobretudo que não devia fazer agora. Ninguém pode aconselhá-lo e ajudá-lo, ninguém. Há  apenas um meio. Volte-se para si mesmo. Investigue o motivo que o impele a escrever; comprove se ele estende as raízes até o ponto mais profundo do seu coração, confesse a si mesmo se o senhor morreria caso fosse proibido de escrever. Sobretudo isto: pergunte a si mesmo na hora mais silenciosa de sua madrugada: preciso escrever? Desenterre de si mesmo uma resposta profunda. E, se ela for afirmativa, se o senhor for capaz de enfrentar essa pergunta grave com um forte e simples "Preciso",

Ensaio sobre o gênero Ensaio

Fã absoluto do gênero desde que tive a sorte e o grande privilégio de ter em mãos os "Ensaios", de Montaigne, na minha singela opinião é justamente neste gênero onde, talvez com maior liberdade, o espírito humano conseguiu alçar seus vôos mais altos. Não é à toa que dentre os autores que mais admiro, boa parte pode ser considerada ensaísta, uma vez que sua linguagem e sobretudo a "forma" que adotaram para se expressar não seguiu necessariamente, de um lado, a extrema subjetividade da linguagem poética nem seguiram , de outro, a suposta objetividade da linguagem científica ou, por aproximação, filosófica, de articulação lógica e analítica. Sim, porque ressalvado o poder criativo da poesia, que por sua magnitude não encontra paralelo em nenhuma outra forma de escrita em razão da sua origem musical, seus interditos, das elipses, metáforas, dos não-ditos, dos seus silêncios e dos espaços infinitos de subjetividade que lhe conferem esse status, e ressalvada ainda a

"Are you experienced?"

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E trinta anos depois de conhecer , "isso" ainda me impacta e emociona como se fosse a primeira vez. Porque ouvi-lo é sempre um ritual e tem cara de primeira vez. Horas e mais horas de vinil quase furado de tanto ouvir as faixas. Com sua criatividade e ousadia que jogaram por terra boa parte do "bom-senso" da composição musical tradicional, Hendrix mesclava pegadas do blues moderno com um novo tipo de rock, não necessariamente mais complexo em seu conjunto, na forma em que alguns outros grupos progressivos já vinham mostrando no final dos 60 e começo dos 70, mas com uma proposta de timbres e uma beleza nos solos completamente inovadora. Até porque havia um tipo de "especialização" em voga, e não era muito comum um exímio instrumentista também se aventurar nos vocais. Normalmente as funções na banda eram separadas. Alem de tudo, o cara tinha uma boa voz e mandava bem na forma de cantar , com muito feeling. Ele trazia harmonias inusitadas (normalme

Ser e Existir

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   ( para Manoel de Barros) De tudo o que se vê no mundo a metade existe somente na nossa cabeça                                      Os olhos é que mundeiam para enxergar... Isso, porque ainda nem falei de Heidegger para quem, o que existe mesmo são os humanos Alguns autênticos, Outros inautênticos, enfim O restante das coisas, bichos e plantas ainda que se esforcem , nunca conseguirão pois possuem unicamente sua essência Eles podem ser, mas estão condenados a nunca existir Esta minhoca que agora cava sob meus pés redondeando num girobolante escarafunchar do barro aqui neste terreiro de chão batido parece não concordar muito com o Filósofo Assim como estas formigas que, em organizada carreira, carregam apressadamente suas folhas nas costas e seus grãos de  açúcar furtados no pote da cozinha (ciência de chuva que se aproxima) Acho que não preciso dizer a elas que Heidegger não estava certo ------------ editado em 05-09-16