Por tempos melhores que virão

Do garoto que se apaixonava pela primeira professora quando ela entrava perfumando a sala e fazia sol nestes olhos A inesquecível água-de-colônia e sua essência de quadro-e-giz batizando minha cabeça Ivo roubava a uva do avô depois sumia no mato sobre o morro pelo vendaval azul de uma águia Um brinde à profissão-arte que, vai lá vem-cá : a mais bonita guarda um tanto de vocação A certeza, na cidade sem esquinas, que varrida a praga e entoada a rima (Ensinada e aprendida a lição) Novos e melhores tempos virão trazendo então palavras vivas como tijolos para uma outra construção