Estilingue em punho, mira um tanto difusa. Já naquela idade, os olhos não iam bem no foco do seu destino. Alguém já suspeitara, em casa, mas os óculos estavam sendo adiados ainda um tempinho para o bem do menino. Estilingadas de mamona pontuda, um saco delas, bem verdes. Pedra, não podia. Braços doendo, pescoço doendo, olhando pra cima e desafiando a força da claridade solar há horas, mas sem acertar nenhuma, até que súbito aquele um pássaro no meio de cem outros recebe a bomba no peito, desafina o corpo para os lados e vem sobressaltando asas até bater o chão, num baque surdo. Andorinha do mar, aquelas grandes, de canto enigmático e gutural. Surpresa! Nunca tinha acertado nenhuma, nesses anos todos de miras perdidas e muito caroço de mamona arrancado nos arbustos sofridos da rua. O júbilo de caçador bem-sucedido passara mais rápido do que um raio, e o choque foi maior do que a suposta glória. Acontece que o pássaro não morria como nos filmes. Aquele bicho ficava se debatendo,