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Mostrando postagens de agosto, 2014

Vitória

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Vitória é linda, essa cidade. E é muito mais bonita agora do que há vinte anos. A vista da  capital pelo grande arco da Terceira ponte. Os navios gigantes esperando para entrar no porto. O mar refulgindo no azul verdão os espelhos do sol da tarde. De cima do morro, a vista de lá para cá, de Vila Velha e a foto tradicional panorâmica de cima do Convento da Penha, pegando desde a entrada à esquerda da baía, entrando na ilha num belo dia de sol na ponte de ferro Florentino Avidos, deslizando os olhos suavemente à direita pela estreita beira-mar aparada pelos morros até a  Ilha do Boi. A via portuária central da Codesa, e a expectativa sempre presente do Cais das Artes enfim poder virar uma realidade que será sempre necessária e urgente. O centro histórico, com sua arquitetura antiga e as ruas estreitas que fazem os edifícios parecerem muito maiores do que são. As luzes do Palácio Anchieta, edifícios e semáforos em noite de chuva por detrás dos vidros embaçados dos ônibus. Toda a En

Mineral

Escrever para não morrer, escrever para não morrer como se isso tivesse alguma real importância como se não fôssemos apenas aqueles grãos de areia da praia misteriosos minerais capturados durante bilhões de anos no seu passeio livre e plasmados em forma orgânica de filamentos helicoidais transmitindo-se impunemente às futuras gerações era após era Enquanto humanos, indivíduos ou coletividade que seja aos olhos do universo somos uma espécie de nada _ou talvez menos que isso, posto que até mesmo o vácuo espacial tem lá suas funções na física dos planetas_ somos portadores de uma tamanha insignificância que daqui a algum tempo _ para nós, um tempo enorme_ _para a natureza, um tempo ínfimo_ não terá feito a menor diferença o fato de termos existido ou de ter subsistido na hipótese remota qualquer tipo de legado depois de varridos os últimos vestígios da civilização não haverá qualquer choro, palmas ou pedido de bis Tanta arrogância, tanta pretensão condensadas