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Mostrando postagens de março, 2017

Existencialismo, psicodelia, critica social e ousadia estética: A História de uma obra-prima.

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Quando se fala de arte, independentemente do terreno de sua expressão, seja no mundo figurativo da escultura, da pintura, ou não figurativo da dança, da escrita ou música, é muito fácil se enrolar ao tentar definir conceitualmente aquilo que é bom ou ruim, o que é certo, errado ou onde estão, ou mesmo se devem existir os tais limites para a criação. Perde-se muito ao tentar racionalizar um discurso que pertence a outro gênero de conhecimento e experiência humanas, porque geralmente essa fala explicativa opera um reducionismo ao usar uma linguagem estranha para "dizer" e tornar palatável aquilo que foi criado dentro de um outro modo de experimentar o mundo. Na falta de critérios absolutos para definição, uma vez que a arte não se curva à mera análise cartesiana da racionalidade, ao mundo hermético dos conceitos que compõem a Filosofia ou mesmo ao quadro de funcionalidades e relações típicas do pensamento científico, o que acaba acontecendo é a imposição de verdades com

Terradentro

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(Para  Diadorim) Candeeiros, esmeraldas águas verdes da alma por botes entre   rugas de cristais e pedras --Moço, jamais se apreça o que entra pelos olhos nestas vidas, nestas gemas em paredes de terra Águas do chão do deserto, sertão formas em levante contínuo escarpados               solidão. Bandeiras e coroas, Veredas: o domínio da selva (ou como diria um grande amigo "O relegado do espaço".) Geografias de gigantes no abandono  que se quer nação. jagunçando o miolo da vida para nutrir os olhos em reverência ou revelação Gerenciar quereres e continuar amado desejo apenas de não ser esquecido? Vida é assim miúda, gente Menor que seja sigo, não importa. seguir sempre ruminando no caminho contra toda tempestade como pedrês  animal de sela ferido no destino que não aceita é cumprindo que se rebela é aceitando que ele rejeita Destino? O que seria, pois... viver não é estar sempre no começo? animal de sela e toda direção é cam

"MATRIX" , ALICE E OS PARADOXOS DO CONTEMPORÂNEO

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Lembro-me, nostálgico, do conceito de futuro exposto por  Fritz Lang, no filme cult "Metrópolis", realizado há quase cem anos... A coisa toda ficou bem pior do que o gênio alemão poderia supor. A sensação claustrofóbica e a vertigem  de estar de pé em um planeta que parece girar cada vez mais rápido, num universo em contínua expansão, a sociedade pós-industrial  criando e destruindo referenciais com tamanha facilidade e volume que torna impossível a qualquer mortal assimilar a quantidade e a qualidade de informações julgadas necessárias para a sua vida. Situação de perda, que gera um certo descontentamento ou frustração diretamente proporcional à escala em que as próprias notícias, a tecnologia ou o conhecimento são produzidos. Ou seja, quanto mais informação, maior a tendência a uma relativa perda do referencial, e maior a sensação individual (em alguns casos coletiva, quando atinge determinados grupos) de perda, de incompletude, de infelicidade, enfim, de que está faltand