Existencialismo, psicodelia, critica social e ousadia estética: A História de uma obra-prima.
Quando se fala de arte, independentemente do terreno de sua expressão, seja no mundo figurativo da escultura, da pintura, ou não figurativo da dança, da escrita ou música, é muito fácil se enrolar ao tentar definir conceitualmente aquilo que é bom ou ruim, o que é certo, errado ou onde estão, ou mesmo se devem existir os tais limites para a criação. Perde-se muito ao tentar racionalizar um discurso que pertence a outro gênero de conhecimento e experiência humanas, porque geralmente essa fala explicativa opera um reducionismo ao usar uma linguagem estranha para "dizer" e tornar palatável aquilo que foi criado dentro de um outro modo de experimentar o mundo. Na falta de critérios absolutos para definição, uma vez que a arte não se curva à mera análise cartesiana da racionalidade, ao mundo hermético dos conceitos que compõem a Filosofia ou mesmo ao quadro de funcionalidades e relações típicas do pensamento científico, o que acaba acontecendo é a imposição de verdades com