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Mostrando postagens de junho, 2017
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Literatura e vida: Ser e linguagem. Relação entre gênero, forma e conteúdo. O Ensaio como síntese possível entre Poesia e Prosa Ser e linguagem, forma, conteúdo e gênero literário. Escrever sobre tudo, alcançar a totalidade. Tarefa pretensiosa e impossível para o pensamento. Não há como apreender o 'todo", se isso mesmo, o todo, é algo que se apresenta a mim, não aos meus sentidos exatamente, mas principalmente a uma certa propensão intelectual como uma categoria da imaginação. Não há essa totalidade, isso é certo. Nem na natureza, nem na tal "vida exterior", aleatória e desgovernada. A arrumação, o sentido, o filtro que aglomera ou separa é artifício humano, e é por isso que a tarefa já fracassa antes mesmo de começar. Dito isso, como alinhavar nessas redes neurais, afetivas, palavrísticas e de sons os infinitos significados das coisas e das inter-relações entre coisas sem arriscar-se a naufragar nesse pântano conceitual? Ora, o poema, meu caro. Já poderia Or
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A função do trágico nos contos de fadas: Literatura infantil e videogames “violentos”. A violência fundadora contra a disneylandização da infância. “Os contos infantis, com suas luzes puras e suaves, fazem nascer e crescer em nós os primeiros pensamentos, os primeiros impulsos do coração. São também contos do lar, porque neles a gente pode apreciar a poesia simples e enriquecer-se  com sua verdade. E também porque eles duram no lar como herança que se transmite”. (Jakob e Wilhelm Grimm, 1812) (Trad. direto do alemão:  Tatiana Belinky , com ilustrações primorosas de Janusz Grambianski. Ed. Paulus, 2016) 1)“Então a rainha chamou o caçador e lhe disse: _Leva a menina para o meio da floresta, não quero tê-la diante dos meus olhos. Tu deverás mata-la de trazer-me seu pulmão e seu fígado como provas. (...) Ao libertar a menina no meio da floresta, por conta própria, o caçador sentiu como se lhe tirassem um peso do coração, porque não precisou matar a menina. E como naque

O homem do lago

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*Ensaio sobre "Walden", de H.D. Thoreau "Eu  fui  à  floresta porque queria viver deliberadamente ...  Queria viver  profundamente, e sugar toda a essência da vida. Acabar com tudo que não fosse vida. Para que, quando a minha morte chegasse, eu não descobrisse que não vivi." -------------- (H.D. Thoreau) 1)Não existe releitura, porque toda leitura é sempre a primeira Sendo honestos por virtude e por necessidade de poupar tempo, confessemos logo a verdade: não existem releituras, nem de livros nem da própria vida, porque toda leitura, como cada vivência, é sempre  primeira e única. Aquela escultura ou pintura que admiramos numa exposição, num bar ou na casa de um amigo; aquela música que nos encantou desde o primeiro momento em que a ouvimos num passado recente ou remoto; o perfume daquela mulher numa festa ou na antessala de um consultório médico; o impacto fulminante de vida que nos tocou pela contemplação de uma  dada paisagem que observamos há uma