Corações Selvagens

Clara, Clarice, uma luz
Um clarão
O som, a palavra
O dom
De ser um
Guiando por sorte
O cego ao redor
Da Meca sagrada
Na busca imortal
A mágoa, a sina
A dor vai além
Vontade, angústia
Tentar ser alguém
O peito se abrindo
E o mundo também
Casa é a vida
A lida que faz
Imensa a alma
As chamas que vêm
Vida é via
Feliz quem não ilha
Rimando dor e cor
Rimando cor e amor
Ser e surgir
Adeus com retorno
Fazendo do talvez
O espaço do sim
Tornando o humano
Possível senão
Fazendo do humano
Que não seja em vão
Clara minha cara
Clarice
Um clarão