A Estação
Bora, então, amanhã às sete. Tem que ser bem cedo, senão o sol queima demais. Proveitar que é sábado e não tem aula. Todos de bicicleta. Além de mim, Kuru, Romário, Harilson, Marcos e quem mais quiser. Tudo equipado, cordas, canivetes, lanternas, lanche de emergência e água, é claro. Noite dormida aos sustos, café queimando na garganta da manhã, pão mal mastigado e a poeira da estrada!!... Somos nós outra vez. Trilhos de antigos trens, desaparecidos assim, sem motivo, e no rastro bom de suas britas com ferros inteiros navegamos nós, sete vezes duas rodas, na poeira da vida. Parada em sítio de Wesley para comprar (mais ou menos) curiosos cocos amarelos nos coqueiros de beira de estrada. Valeu Wesley, qualquer dia pagamos. E a água do coqueiro virada suco para barrigas sedentas na estrada. Riacho e cachoeiras de beira, lavradores no trato da terra e do mato, respirada rica desse mato matinal verdinho, verdinho, bem cedo num sábado glorioso. Insetos atarefados corretos em sua lida obs