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Mostrando postagens de março, 2013

Dante

Sei nem se era sonho, não sei se era real nem tudo é claro nesse mundo enquanto se fazem os caminhos e o andarilho segue sozinho seus passos vacilantes Ninguém questiona a razão durante o dia por costume ou  por amor ao excesso mas no  cair da noite fria ao lembrar dos meus tropeços é justamente quando eu mais tropeço Meus pés sobre pegadas incertas e eu ainda nem ao menos sabia se vivo, eu tocava os mortos ou, se morto, falava aos que viviam No escuro, eu chamava os anjos (mas o eco da minha própria voz sumia) ouvia gritos, ouvia cantos mas no entanto nem uma pálida alma se oferecia Enquanto isso, atravessava como se voasse dos lados, apenas  asas navegando o vento (a corda longa esticada sobre o abismo) e ao fundo, um imenso pântano gemidos roucos e lamentos Notícias sobre uma distante aurora humano algum remotamente daria decrépitas criaturas esperando a hora uma vida inteira por apenas mais um dia Girando e afundando-se quando se abriu o chão  cientes