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Mostrando postagens de setembro, 2013

O que resta

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Atrovoam presságios da guerra. Generais e bombas a postos. Pedaços de gente voando pelos ares. Crianças, velhos, mulheres... Ataca-se o homem, mata-se sua família, Infertilizam suas terras para que não mais produza A humanidade é o que resta sob os escombros. E mesmo assim, contra tudo Sempre haverá esperança Porque o homem é um animal que sonha Havendo por cálculo ou acidente a exacerbação incontida de todos os instintos de morte, de vida, de gozo E sabendo que ser homem significa, simultaneamente, ser portador de uma tragédia e uma boa-nova Haverá sempre aqueles que saberão rir de si mesmos e superando o que há de ingênuo e perigoso na simples  natureza animal, persistirão na crença necessária de que o homem deve ser algo além E que mesmo que não se possa defini-lo ou sequer tocá-lo com palavras, a potencialização dos seus verdadeiros dons sempre será uma missão a nortear as nossas melhores expectativas sobre o mundo Quando a opressão ao indiví

Valhalla (parte I)

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Thorvaldsen saía mais uma vez ao mar. Não era chegada ainda a época certa, mas o inverno teimava em não ceder espaço para a tímida primavera do hemisfério norte. A nevasca cobrira as estradas  de grossas camadas de neve e o frio excessivo deste último ano pressionava o líder do clã a tomar logo sua decisão, antes que fosse tarde demais. Os estoques de carne, óleo e víveres tinham praticamente se esgotado, e a colheita no último outono fora a pior dos últimos cinco anos. As ovelhas  alimentadas com as últimas resmas de feno davam o leite minguado que ainda garantiria por alguns dias o sustento das crianças, mas se nada fosse feito logo, ele sabia que em breve todos morreriam. Convocou os outros chefes da península. Knut, o pequeno, Olsen filho de Olmyr, Balder Vermelho e o grande Khors, o Formidável, para uma rápida reunião, e em menos de duas horas chegaram ao veredito: partiriam em uma semana, no raiar do dia. Iniciaram logo os preparativos,  com provisões, lanças, escudos, ma

Memórias do parquinho (parte I)

Dia de sábado na cidade. rachando fora do barulho para o campinho de futebol soçaite mais próximo. oba!! campo deserto! pai e filho se arvoram no gramado ralo. filho aí pelos seus cinco anos. pai mais trinta na escala da vida. dia de sol e plenitude. felicidade jogar bola com meu filho. brincadeira de dupla, com chutes a gol e rebatidas. brincadeira de dribles, com os bofes (meus) pra fora depois de umas corridas. tudo vale pela causa. Depois de meia hora, surgem "rivais" no gramado. pai e filho também.  filho aí pelos nove ou dez. pai, mais trinta e cinco na escala da vida. cumprimentos introspectivos entre as duas duplas. eles ocupam o lado contrário do campo, na outra trave. o menino é sempre meio barulhento, quer chamar a atenção. observo entre intervalos, sem grande preocupação, a não ser o sentimento de uma certa privacidade quebrada . aquela privacidade que todo pai gostaria de ter, quando está dedicando uma parte valiosa do seu tempo e energia, e cisma em  achar que