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Mostrando postagens de julho, 2014

O vazio

O verso nasce pro que falta porque a poesia é que me completa. Esperasse eu que um dia o mundo fizesse sentido esperasse eu que a vida um dia se estabilizasse na beleza esperasse eu que as pessoas enfim vivessem para sempre na mais bela harmonia e todas as suas virtudes sobrepusessem definitivamente todas as suas falhas, todo o vício de errar É da necessidade de preencher o vácuo do que ainda não existiu com algo que possa sustentar a dor, manter a beleza ocupar a esperança que surgem as metáforas, esses garranchos disformes no papel nem sempre belos, às vezes terríveis mas cuja essência é apenas apostar na própria vida mesmo quando esse cavalo ainda não largou na raia Se consigo preencher o espaço com meus versos, sou poeta se não consigo, morro Mas morro tentando

O dia seguinte

Esqueçam o chato do Maradona e a famosa goleada de 7 x 1!!! Rivalidades futebolísticas à parte, o fato é que o mundo seria bem mais triste sem os argentinos e bem menos instigante sem os alemães. Qual leitor sobreviveria sem a riqueza legada pelos escritores Borges, Cortázar, Bioy, do lado dos hermanos, e em que universo hoje habitaria a humanidade sem Nietzsche, Schopenhauer, Einstein, Thomas Ma nn, Heidegger, Freud, Marx, Hoelderlin, Benjamin, Kant, Hegel, Schiller, Rilke e é claro, Goethe?? O incomparável Goethe? Ganhe quem ganhar na bola, nesta copa que até hoje foi a mais bonita e perfeita que já vi, o fato é que nós seremos eternamente devedores dessas nações. Mais de um mês com tantas bandeiras, línguas, tradições, cores. No balanço geral, não dá pra achar jamais que saímos perdendo alguma coisa quando o brasileiro soube receber tão bem os visitantes, desempenhando perfeitamente o papel do bom anfitrião e exercitando a essencial (e rara) oportunidade de receber o olhar do outro