O dia seguinte
Esqueçam o chato do Maradona e a famosa goleada de 7 x 1!!! Rivalidades futebolísticas à parte, o fato é que o mundo seria bem mais triste sem os argentinos e bem menos instigante sem os alemães. Qual leitor sobreviveria sem a riqueza legada pelos escritores Borges, Cortázar, Bioy, do lado dos hermanos, e em que universo hoje habitaria a humanidade sem Nietzsche, Schopenhauer, Einstein, Thomas Mann, Heidegger, Freud, Marx, Hoelderlin, Benjamin, Kant, Hegel, Schiller, Rilke e é claro, Goethe?? O incomparável Goethe?
Ganhe quem ganhar na bola, nesta copa que até hoje foi a mais bonita e perfeita que já vi, o fato é que nós seremos eternamente devedores dessas nações. Mais de um mês com tantas bandeiras, línguas, tradições, cores. No balanço geral, não dá pra achar jamais que saímos perdendo alguma coisa quando o brasileiro soube receber tão bem os visitantes, desempenhando perfeitamente o papel do bom anfitrião e exercitando a essencial (e rara) oportunidade de receber o olhar do outro sobre si, no seu próprio quintal. O olhar do mundo inteiro se contagiando com o calor e hospitalidade da nossa gente, o colorido e a beleza dos nossos costumes,da nossa cultura e através disso, estabelecer uma troca imensamente produtiva e crescer e amadurecer um pouco mais. Nòs, que sempre vivemos tão isolados do resto do mundo. A longo prazo certamente colheremos os bons fluidos da divulgação positiva do nome do Brasil no mundo. Não tenho a menor dúvida quanto a isto.
Deixemos de lado essas teorias da conspiração que cada vez mais caem no ridículo. Gente sem ocupação preocupando-se com besteiras paranóicas. A idéia real é que vença o melhor, sempre! Essa é a lição que o esporte pode dar, respeitadas as regras do jogo e o essencial "fairplay", ao lado do ideal de solidariedade e cooperação entre os povos. Ao mesmo tempo, ensinando a lição da humildade ao que perde, mostrando que não existe uma humilhação nem uma "negatividade em si" na derrota, se ela servir como lição para que os erros de toda natureza possam ser descobertos e corrigidos, que se possa estabelecer novas metas, em todos os campos. Que a beleza do esporte e seus princípios sejam uma metáfora para a vida, enfim, e sairemos todos ganhando.
A lição da vez parece ser essa, muito simples e ao mesmo tempo, difícil de se executar: É o que nos mostram os alemães: para vencer há necessidade de treino, de planejamento, de estratégia, de pensar a longo prazo. Nada tão revelador do próprio estilo alemão. Também poderia ser do japonês ou do coreano. No caso particular desta Copa, evidenciando num esporte coletivo como o futebol, como o GRUPO é importante, e às vezes o entrosamento, disciplina e objetivo comum pode transcender a estrela individual deste ou daquele personagem. Bonita lição que a brilhante escola alemã de futebol parece estar nos dando, de graça, e que resta a nós aprendermos. Essa seleção guerreira e aplicada que tantas vezes disputou as finais saindo vencedora, e outras tantas vezes tendo perdido, soube manter a cabeça erguida dentro dos seus princípios, e não se tornou um país menor por isso.
Sinceramente,confesso que pela primeira vez, não estou preocupado nem com o jogo do Brasil e o resultado de hoje. A ansiedade passou, por alguma razão, embora eu não ache o terceiro ou quarto lugar algo inferior. No início, pensava nem mesmo que o Brasil chegaria ás quartas de final com esse time. Que os atletas tenham mais foco e consigam apostar mais no coletivo do que no individualismo messiânico. Que o técnico seja menos arrogante e saiba articular na prática a dura lição que marretou sua vaidade. Independentemente de hoje, e de quem vença o campeonato amanhã, acho que todos saímos ganhando. Um grande show!!
Que venham as Olimpíadas!! (da qual, eu confesso, sou ainda mais fã do que da Copa do Mundo)...
Ganhe quem ganhar na bola, nesta copa que até hoje foi a mais bonita e perfeita que já vi, o fato é que nós seremos eternamente devedores dessas nações. Mais de um mês com tantas bandeiras, línguas, tradições, cores. No balanço geral, não dá pra achar jamais que saímos perdendo alguma coisa quando o brasileiro soube receber tão bem os visitantes, desempenhando perfeitamente o papel do bom anfitrião e exercitando a essencial (e rara) oportunidade de receber o olhar do outro sobre si, no seu próprio quintal. O olhar do mundo inteiro se contagiando com o calor e hospitalidade da nossa gente, o colorido e a beleza dos nossos costumes,da nossa cultura e através disso, estabelecer uma troca imensamente produtiva e crescer e amadurecer um pouco mais. Nòs, que sempre vivemos tão isolados do resto do mundo. A longo prazo certamente colheremos os bons fluidos da divulgação positiva do nome do Brasil no mundo. Não tenho a menor dúvida quanto a isto.
Deixemos de lado essas teorias da conspiração que cada vez mais caem no ridículo. Gente sem ocupação preocupando-se com besteiras paranóicas. A idéia real é que vença o melhor, sempre! Essa é a lição que o esporte pode dar, respeitadas as regras do jogo e o essencial "fairplay", ao lado do ideal de solidariedade e cooperação entre os povos. Ao mesmo tempo, ensinando a lição da humildade ao que perde, mostrando que não existe uma humilhação nem uma "negatividade em si" na derrota, se ela servir como lição para que os erros de toda natureza possam ser descobertos e corrigidos, que se possa estabelecer novas metas, em todos os campos. Que a beleza do esporte e seus princípios sejam uma metáfora para a vida, enfim, e sairemos todos ganhando.
A lição da vez parece ser essa, muito simples e ao mesmo tempo, difícil de se executar: É o que nos mostram os alemães: para vencer há necessidade de treino, de planejamento, de estratégia, de pensar a longo prazo. Nada tão revelador do próprio estilo alemão. Também poderia ser do japonês ou do coreano. No caso particular desta Copa, evidenciando num esporte coletivo como o futebol, como o GRUPO é importante, e às vezes o entrosamento, disciplina e objetivo comum pode transcender a estrela individual deste ou daquele personagem. Bonita lição que a brilhante escola alemã de futebol parece estar nos dando, de graça, e que resta a nós aprendermos. Essa seleção guerreira e aplicada que tantas vezes disputou as finais saindo vencedora, e outras tantas vezes tendo perdido, soube manter a cabeça erguida dentro dos seus princípios, e não se tornou um país menor por isso.
Sinceramente,confesso que pela primeira vez, não estou preocupado nem com o jogo do Brasil e o resultado de hoje. A ansiedade passou, por alguma razão, embora eu não ache o terceiro ou quarto lugar algo inferior. No início, pensava nem mesmo que o Brasil chegaria ás quartas de final com esse time. Que os atletas tenham mais foco e consigam apostar mais no coletivo do que no individualismo messiânico. Que o técnico seja menos arrogante e saiba articular na prática a dura lição que marretou sua vaidade. Independentemente de hoje, e de quem vença o campeonato amanhã, acho que todos saímos ganhando. Um grande show!!
Que venham as Olimpíadas!! (da qual, eu confesso, sou ainda mais fã do que da Copa do Mundo)...