ENSAIO: Amor e sofrimento no "Werther", de J.W. Goethe
"Ah, se pudesses expressar tudo isso, se pudesses imprimir no papel tudo aquilo que palpita dentro de ti com tanta plenitude e tanto calor, de tal forma que a obra se tornasse o espelho de tua alma, assim como tua alma é o espelho do Deus infinito".... ("Werther", J. W. Goethe) "E se adormecesses? E se, no teu sono, sonhasses? E se, no teu sonho, subisses aos céus e ali colhesses uma estranha e bela flor? E ainda se, ao acordares, tivesses a flor na tua mão... Ah, como seria, então?" (S.T. Coleridge) O que não se faz por amor? Até onde se pode ou se deve ir quando se ama? Onde está o sujeito ou o objeto no meio da sublime sensação quando ela ocorre, tornando por vezes seus onipotentes atores em meros fantoches e objetos nas mãos de forças que surgem e se desenvolvem à margem da simples razão humana? Aonde se erguerão agora os conhecidos e duros limites do mundo físico que de repente parecem se dissolver no próprio ar? Existe diferença significativ