O caminho de todas as coisas
Olhar ainda não é ver
Escutar ainda não é ouvir
Abraçar ainda não é ter
Concordar ainda não é sorrir
Escutar ainda não é ouvir
Abraçar ainda não é ter
Concordar ainda não é sorrir
Perdoar ainda não é sentir
Aspirar ainda não é querer
Engravidar ainda não é parir
Esperar ainda não é sofrer
Andar ainda não é dançar
Nutrir ainda não é comer
Falar ainda não é cantar
Calar ainda náo é morrer
Correr ainda não é voar
Embriagar-se ainda não é beber
Acudir ainda não é salvar
Achar-se é não saber se perder
[O que falta ao homem:
lembrar-se de que ele é
a medida de todas as coisas
O que falta ao homem é
lembrar-se de que ele sempre foi
a medida de todas as coisas]
A ciência ainda não é poesia
Adulto ainda não é criança
Certeza ainda não é esperança
Desejo ainda não é fantasia
Religião ainda não é espírito
Garras ainda não são mãos
O céu ainda não é a Terra
Teu corpo ainda não é perdição
A verdade ainda não é a guerra
A Igreja ainda não é a razão
Deus ainda não é homem
Desamor ainda não tem perdão
Trabalho ainda não é fim
Nem mesmo a civilização
Lutar não é capricho
Política não é maldição
Técnica não é curativo
Viver não é estar vivo
Morrer é compreender a vida
Apressar a morte é abrir mão
Porque estrelas ainda não são gente
e o espaço ainda é só solidão
O universo ainda não são seus olhos
Seu corpo mais que mera reparação
Palavra que ilumina uma vida
Centelha contra qualquer noção
Aspirar ainda não é querer
Engravidar ainda não é parir
Esperar ainda não é sofrer
Andar ainda não é dançar
Nutrir ainda não é comer
Falar ainda não é cantar
Calar ainda náo é morrer
Correr ainda não é voar
Embriagar-se ainda não é beber
Acudir ainda não é salvar
Achar-se é não saber se perder
[O que falta ao homem:
lembrar-se de que ele é
a medida de todas as coisas
O que falta ao homem é
lembrar-se de que ele sempre foi
a medida de todas as coisas]
A ciência ainda não é poesia
Adulto ainda não é criança
Certeza ainda não é esperança
Desejo ainda não é fantasia
Religião ainda não é espírito
Garras ainda não são mãos
O céu ainda não é a Terra
Teu corpo ainda não é perdição
A verdade ainda não é a guerra
A Igreja ainda não é a razão
Deus ainda não é homem
Desamor ainda não tem perdão
Trabalho ainda não é fim
Nem mesmo a civilização
Lutar não é capricho
Política não é maldição
Técnica não é curativo
Viver não é estar vivo
Morrer é compreender a vida
Apressar a morte é abrir mão
Porque estrelas ainda não são gente
e o espaço ainda é só solidão
O universo ainda não são seus olhos
Seu corpo mais que mera reparação
Palavra que ilumina uma vida
Centelha contra qualquer noção
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(editado em 05-05-17)