Ensaios
Onze Ensaios - Claus Zimerer (*pdf)
Contra o signo binário Racional-Cartesiano do nosso tempo, não apenas nas estéticas possíveis dentro do mundo-machina, mas principalmente na forma como esse pensamento afeta a tudo e todos, ao transformar-se em carne, sangue e sentimentos. Retomada essencial de um gênero que como a poesia também o faz, mas com uma gênese que lhe é própria, flerta com os instrumentos necessários para quebrar esse muro construído com os fantasmas de dois milênios de história. Porque há tempo demais esse cosmos humano é regido pela lógica, e apenas a desversão da nossa própria história promete um olhar capaz de nos trazer para mais perto de nós mesmos.
Contra o signo binário Racional-Cartesiano do nosso tempo, não apenas nas estéticas possíveis dentro do mundo-machina, mas principalmente na forma como esse pensamento afeta a tudo e todos, ao transformar-se em carne, sangue e sentimentos. Retomada essencial de um gênero que como a poesia também o faz, mas com uma gênese que lhe é própria, flerta com os instrumentos necessários para quebrar esse muro construído com os fantasmas de dois milênios de história. Porque há tempo demais esse cosmos humano é regido pela lógica, e apenas a desversão da nossa própria história promete um olhar capaz de nos trazer para mais perto de nós mesmos.
“É inerente à forma
do ensaio a sua própria relativização: ele precisa compor-se de
tal modo como se, a todo momento, pudesse interromper-se. Ele
pensa aos solavancos e aos pedaços, assim como a realidade é
descontínua, encontra sua unidade através
de rupturas e não à medida que as escamoteia. A unanimidade da ordem
lógica engana quanto à essência antagônica
daquilo que ela recobre. A descontinuidade é essencial ao ensaio, seu
assunto é sempre um conflito suspenso “ (Adorno, “O Ensaio como
Forma”)