Poiesis
Ficção
Liberdade criadora
Testemunhos de diversos mundos
Imaginários ou reais
Paletas incontidas
De onde parte o olhar que constrói
Ou de onde se pinta
O que ele também não vê
Porque nem todo processo criador
É consciente
Os mais profundos nunca são
Porque seus signos bebem
Em outras fontes
Poesia ou narrativa
Que não se submete
A qualquer juízo
Que não seja o seu próprio
Nem admite patrulhamentos
Somos algozes por isso, às vezes
Somos vítimas também
Pela mesma razão
O ruminar da poesia não obedece padrão
Não conhece tipos proibidos nem é escravo
De nenhuma situação particular
Apenas pede a realidade de empréstimo
(Quando o faz)
E ainda assim sem dela depender
E sem precisar se explicar
Poema é antes de mais nada
A maneira do poeta estar no mundo
Transfigurar seu olhar
Transtornar-se em suas próprias fibras
Até que não reste mais nada a dizer
Para si mesmo
Poetar é um eterno solilóquio
Textos contextos personagens
Rimas ritmos volume
Obedecendo a um laboratório próprio
E complexo
Criaturas autônomas que mal conhecem
Seu criador e tantas vezes o usam
Apenas para vir à luz
Ler um texto como quem lê
Uma espécie de diário
Seja de exaltações ou de maldades
Algum roteiro ou receita
De vida como depoimento fidedigno de si
Ou do outro
É a atitude que mais se distancia
De qualquer poiesis
A coisa é muito maior que isso
Porque a justificativa da poesia
É por si mesma, aos seus próprios olhos
E não aos olhos do mundo
Talvez o grande equívoco
Resida na intenção
Do que (ou quem) se põe
Como objeto quando
Não deveria
E ainda assim, de uma forma
Torta quer ser seu guia
Como se não houvesse
Outras miradas
Como se cada história
Lhe pedisse permissão para existir
Poetas não são pintores de parede
Que decoram uma residência
Ao gosto do cliente
A quem lê cabe gostar, tolerar ou odiar
E todo sentimento é válido
Palavra solta não tem mais dono
A escolha de interpretar
É livre e nessa liberdade
Reside sua beleza e infinitude
Mas jamais impõe ao poeta
Seus motivos
Como justificativa do verso
O resto?
É somente vaidade
E pretensão
Liberdade criadora
Testemunhos de diversos mundos
Imaginários ou reais
Paletas incontidas
De onde parte o olhar que constrói
Ou de onde se pinta
O que ele também não vê
Porque nem todo processo criador
É consciente
Os mais profundos nunca são
Porque seus signos bebem
Em outras fontes
Poesia ou narrativa
Que não se submete
A qualquer juízo
Que não seja o seu próprio
Nem admite patrulhamentos
Somos algozes por isso, às vezes
Somos vítimas também
Pela mesma razão
O ruminar da poesia não obedece padrão
Não conhece tipos proibidos nem é escravo
De nenhuma situação particular
Apenas pede a realidade de empréstimo
(Quando o faz)
E ainda assim sem dela depender
E sem precisar se explicar
Poema é antes de mais nada
A maneira do poeta estar no mundo
Transfigurar seu olhar
Transtornar-se em suas próprias fibras
Até que não reste mais nada a dizer
Para si mesmo
Poetar é um eterno solilóquio
Textos contextos personagens
Rimas ritmos volume
Obedecendo a um laboratório próprio
E complexo
Criaturas autônomas que mal conhecem
Seu criador e tantas vezes o usam
Apenas para vir à luz
Ler um texto como quem lê
Uma espécie de diário
Seja de exaltações ou de maldades
Algum roteiro ou receita
De vida como depoimento fidedigno de si
Ou do outro
É a atitude que mais se distancia
De qualquer poiesis
A coisa é muito maior que isso
Porque a justificativa da poesia
É por si mesma, aos seus próprios olhos
E não aos olhos do mundo
Talvez o grande equívoco
Resida na intenção
Do que (ou quem) se põe
Como objeto quando
Não deveria
E ainda assim, de uma forma
Torta quer ser seu guia
Como se não houvesse
Outras miradas
Como se cada história
Lhe pedisse permissão para existir
Poetas não são pintores de parede
Que decoram uma residência
Ao gosto do cliente
A quem lê cabe gostar, tolerar ou odiar
E todo sentimento é válido
Palavra solta não tem mais dono
A escolha de interpretar
É livre e nessa liberdade
Reside sua beleza e infinitude
Mas jamais impõe ao poeta
Seus motivos
Como justificativa do verso
O resto?
É somente vaidade
E pretensão