Cem anos de solidão (Garcia Marquez)
"Cem anos de solidão" surgiu pra mim depois de ter conhecido Borges, Cortázar e Vargas Llosa, mas foi a primeira vez que eu tive a noção mais forte de uma "Latinoamerica" na literatura e na vida. Essa forma exuberante do Garcia Marquez de escrever e ilustrar a saga de uma familia qualquer perdida no meio do nada , e através disso com tamanha precisão nos dizer de fato quem e como nós somos, como funcionam as engrenagens que nos situam no Globo e como essa nossa história continental , em tragédias e alegrias, guarda muito mais semelhanças que diferenças apesar da língua.
Mais que isso, como é possível ter a consciência (uma consciência coletiva, talvez) que faz tremer antigos impérios toda vez que ameaça vir à tona. O despertar de uma visão capaz de mostrar o outro lado da história e evocar identidades desse trágico-latino sem perder o gosto pela beleza, pelas cores e a musicalidade que nos povoam desde sempre.
Mais que isso, como é possível ter a consciência (uma consciência coletiva, talvez) que faz tremer antigos impérios toda vez que ameaça vir à tona. O despertar de uma visão capaz de mostrar o outro lado da história e evocar identidades desse trágico-latino sem perder o gosto pela beleza, pelas cores e a musicalidade que nos povoam desde sempre.