A encantadora de cães

Ela vem pelas manhãs

Às vezes vem de  tarde

As mãos beirando as grades


O vestido recende flores

Nos lábios uma canção 

Que só ela é que sabe


As bestas que guardam o jardim

(com certo excesso de vontade)

De longos pelos e caras coloridas


Sossegam quando a vêem passar

Se enfileiram na beira da rua

E vão logo enchê-la de lambidas