Menino da Seca


Imersão 

Angústia, seguindo traços e sombras do mestre Russo. 

São Bernardo e Caetés na dissecação 

das almas desse interior que em algum 

sentido é mais Brasil que o Brasil

As Vidas Secas que dizem de nós um pouco e um tanto, a analogia com o resto do mundo 

que sempre trouxe no seu âmago tantos nordestinos universais  fugindo de alguma terrível seca que na verdade nunca termina, só muda o nome. A fotografia do instinto de luta desse povo, que já nasce mordendo. Nobel mais que merecido, que não veio. E na verdade, nem precisou.

A Infância, seguindo Meninos de Engenho e antecipando Miguilins, as mais ricas histórias de um certo menino complicado e cismado, de poucas palavras e muito observar.

A riqueza de uma forma-osso de narrativa que parece simples ao se despir de floreios  mas não é. Dona de uma complexidade outra que vai direto ao ponto e por isso economiza conscientemente adjetivos pra encarnar verbos.

Os Ramos de Graciliano , flexíveis e inquebrantáveis.