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Mostrando postagens de julho, 2021

Brasil x França (Olimpíadas Tokyo 2021)

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  Em terra de Samurais Contra os Gauleses Essas cores tão-nossas  Que ninguém nunca  vai conseguir roubar O salto sem rédeas sobre as redes  Imensas asas, poderosas garras A vida feito bola azul e amarela  pairando no ar

A rede

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  Completando hoje 10 anos de rede social. Cavucando meu perfil e relembrando os primeiros posts, -- a maioria sobre cinema, fotografia e também sobre música e músicos, reflexo da fase em que vivia no contexto, lidando com banda, ensaios, investindo sonhos num home studio e estudos etc  Depois, o testemunho do gradual abandono desse mundo musical para imersão mais profunda na literatura, os posts caminhando nesse sentido, o mundo de autores, poetas, diferentes escolas e propostas, arriscando rabiscos pretensiosos na crítica literária, e na sequência despistando a ingenuidade sonhadora e as pretensões artísticas do princípio com a  amargura política dos últimos cinco(!!!) anos-já, surgida a partir do golpe de 2016 A nada sutil observação de que os posts de humor, situações edificantes e a palhaçada pura e cômica, tão presentes nos cinco primeiros anos e  dos quais sempre fui fã pela vida afora, simplesmente foram rareando cada vez mais até sumir de vez. Parece desnecessária a explicação

Poesia, poesia, poesia

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  As vias do poema quando estética e  engajamento se tornam parte integrante do texto Beleza de coleção da Cia das Letras

Derredor

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    Derredor - crônicas

O domador de ventos

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  O domador de ventos (contos)  

Leonardo Fróes

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Nova reunião dos trabalhos desse grande poeta. Felicidade habitar um tempo onde esses versos existam e resistam contra todas as tentativas  de diminuição da vida enquanto potência Leonardo Froes 80 anos - Revista Cult  

Pescando bagres

Barra de Itapemirim, num dia desses. Gaivotas, muitas. Dando rasantes na beira  Catando resto de peixes da rede estendida Os cascos dos barcos emborcados na areia  tomando sol. O forte cheiro do sal e da maresia cortando o ar. Cheiro do diesel dos motores e tinta fresca num pequeno estaleiro mais afastado Nomes de mulheres, pintados nas proas, e alguns nomes de santos : Evelyse, Tia Joana, Flores de Iemanjá, Nossa Senhora dos Navegantes, Santa Clara Naquele tempo me pareciam grandes navios descansando depois do temporal  Solenes, gigantes guerreiros em honorável silêncio. Medo de imaginar até onde teriam  ido, dias e dias na pesca sem ver terra E agora jaziam calmos e se recompondo como recém-chegados da luta contra Moby Dick Atarefados, nós, na venda de beira-cais. Biscoitos  e café, suco, maçãs numa sacola, balas. Camarões amarrados no gancho, chumbada  pesada demais para a modalidade de pesca  Pai: joga a chumbada, filho  Filho: mas não lanço muito longe, pai  Pai: joga assim mesmo

Sobre o prendedor de cabelos que esqueceste no banco do carona do meu carro

Trajeto tenso afinado em silêncios contra os gritos de ora há pouco Concerto fúnebre para público ausente na iminência de um vôo quase partido Ponte aérea pra Recife sentimentos que não arrefecem Navegamos em nosso par contido por painéis de vidros embaçados aparando um teto de cristal líquido sob a chuva rala e fria Um caminho curto que leva do nada ao lugar algum (Ir sem querer ir não é partir) Semáforos irritantes a turvar o trânsito Apostas nas perguntas -- recurso de respostas tortas -- A comida do destempero quando a melhor palavra escorrega por entre os dedos sem se pronunciar A natureza conspira o par,                                     sempre ora a seu favor ora contra Enquanto a  vida depõe contra qualquer permanência É apenas a humana ciência (o permanecer) que reluta em sua fragilidade estrutural E também sua tragédia seu antinatural tão buscado quando ela se esquece Porque tudo fenece E é na ciência da perda possível que todo traço humano é medido A não ser que nos façamo

Bilac

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  Nascido e criado no XX, e bastante refratário  ao tal " contemporâneo" meu pensamento e vias de ver o mundo, que tanto recorrem aos modernistas, já  existiam em germe muito antes  de saber o que era modernismo E por conta disso, o choque previsível A injustiça que sempre cometi  com esse grande poeta  Apenas por um viés de criação estética Reduzir Bilac ao Parnasianismo  é de uma simploriedade atroz  Como de resto, tentar diminuir  o universo possível dum artista  (seja poeta, pintor, pensador) aos traços maiores ou menores  de qualquer escola Me lembro sempre de Pablo Picasso   quando penso nisso A constatação de uma vida longeva  e prolífica  sem sequer se importar  com os rótulos A arte,  quando quer ser, cria o movimento que a legitima aos olhos de seu criador e não se submete ao jugo  histórico ou crítico de qualquer natureza Sentido é coisa que virá depois (ou não) dependendo do espírito da época

Paideia

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  Uma das obras de consulta e formação  mais importantes que li na vida.  Ainda mais pra quem navega ou quer  navegar nas asas da Filosofia  conhecendo alguma coisa da Grécia antiga. Dificilmente se conhecerá Déscartes, Kant, Hegel, Nietzsche, Schopenhauer e boa parte da filosofia e literatura sem uma melhor noção desses precursores. E tanto melhor se dará esse projeto  se, além da exposição fria de idéias como  "esquemas" duros em formato teia, (padrão escolástico tão adotado em nosso meio), o curioso explorador puder contar ainda  com a vivência trasladada do cotidiano  da antiga Grécia, em seus múltiplos aspectos e desde as origens Sim, a história está repleta de ricas culturas,   vivências únicas e razões de ser na origem  e extinção de raças e povos inteiros. Mas a verdade é que os gregos foram mais longe  na exploração do que podemos chamar  "Humano" Toda a essência, tanto histórica abordada  como documental e relatos, quanto o estudo detalhado das formas narr