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O caminho de todas as coisas

O CAMINHO DE TODAS AS COISAS Olhar ainda não é ver Escutar ainda não é ouvir Abraçar ainda não é ter ... Concordar ainda não é sorrir Perdoar ainda não é sentir Aspirar ainda não é querer Engravidar ainda não é parir Esperar ainda não é sofrer Andar ainda não é dançar Nutrir ainda não é comer Falar ainda não é cantar Despedaçar-se ainda náo é morrer Correr ainda não é voar Embriagar-se ainda não é beber Acudir ainda não é amparar Achar-se é não saber se perder O que falta ao homem lembrar-se de que sempre é a medida de todas as coisas o que falta ao homem é lembrar-se que sempre foi a medida de todas as coisas O céu ainda não é Terra Garras ainda não são mãos Estrelas ainda não são gente O espaço ainda é só solidão O universo ainda não são seus olhos Seu corpo mais que simples reparação A centelha que ilumina uma vida Transcende qualquer razão (texto reeditado em 26-05-16)

Elvis

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Naquela época todos gostavam de futebol, pipas, carrinhos de rolimã e bolinha de gude, além dos primeiros arremedos de "video-games" , se é que podíamos assim chamar àquelas toscas criaturas e seus barulhinhos bizarros plugados numa TV. Eu gostava de tudo isso, é claro, mas amar eu só amava mesmo Elvis Presley e queria ser igual a ele quando crescer. Cantar e encantar o mundo inteiro com aquela incomparável voz simultaneamente capaz de enternecer uma velhinha nos seus noventa anos ou uma criança de colo, e ao mesmo tempo com aquela atitude rebelde-heróica hollywoodyana dos filmes de sessão da tarde capaz de enlouquecer todas as mulheres.  Aos oito eu já adorava as melodias dos Beatles, curtia o papo astral do Raul, estranhava Mick Jagger (logo os "Stones", a quem eu também iria idolatrar por décadas posteriores) e ouvia meio sem permissão do vizinho uns acordes de Panis et circenses, daquela turma genial e memorável de Sampa. Mas Elvis era diferente. Era uma

Itinerário

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"O Canibalismo Amoroso" (Affonso Romano de Sant'Anna)

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Salve a literatura brasileira! Se no campo tecnológico vivemos tantas vezes à espreita e na eterna dependência do que ocorre lá fora, no tal "primeiro mundo", e da mesma forma no campo econômico, por ausência de um bloco político convergente e progressista em torno de grandes projetos nacionais hegemônicos nunca conseguimos assumir de vez as rédeas de nosso próprio processo de desenvolvimento enquanto nação, felizmente isso não se aplica jamais à esfera das artes. Isso porque, embora existam inegáveis traços históricos e sociais, situando o homem no mundo, a arte nunca é escrava do seu contexto e toda criação quer transbordar. Apenas para citar algumas, nossa música, nosso cinema e nossa literatura são únicos, em qualidade , originalidade e amplitude temática, e tão ricos quanto as melhores referências culturais que possam ser mencionadas em todo o planeta. Mas como nem tudo são flores, segue sempre a literatura, essa eterna desconhecida, deixando de revelar aos

: "BIRDMAN" : A Arte, entre a Náusea e o Absurdo

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(Ensaio sobre cinema, filosofia e vida, de um ponto de vista Antropológico) “ (...)Eu conseguia ouvir meu coração batendo. Eu conseguia ouvir o coração de todo mundo. Eu conseguia ouvir o ruído humano que nós, sentados lá, fazíamos, nenhum de nós se movendo, nem mesmo quando a cozinha ficou escura”. (Carver, Raymond. “Do que falamos quando estamos falando de amor”, (Iniciantes, 1981) ---------------------------------------------------------------- INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------- REPRESENTAÇÃO E SUBJETIVIDADE IMAGEM E CONSCIÊNCIA LIBERDADE ABSOLUTA E EXISTÊNCIA “ A NÁUSEA”  E A ANGÚSTIA QUE TAMBÉM É FUNDAMENTO ONTOLÓGICO. DEUS CONTINUA MORTO e o REI ESTÁ NU O ENGAJAMENTO COMO ATITUDE DESVELADORA DA REALIDADE HUMANA ARTE RUPESTRE ,  TEATRO GREGO e CINEMA  ANTROPOFAGIA E PEDRA-DE-TOQUE: O CINEMA COMO  “ARTE QUE SE ALIMENTA DAS ARTES”, E COMO ELEMENTO PRIVILEGIADO PARA O DESVELAMENTO DO MUNDO “ BIRDMAN”, (A INES