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Mostrando postagens de julho, 2018

Hair

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Hair: 40 anos do musical mais bonito   e denso dos anos 70 O poder da música, do amor e da liberdade contra as guerras

Sumo

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Sangue de uma terra em transe Videiras ganhando minhas veias O colorido a se formar atrás dos olhos quando a especial graça do mundo súbito surge onde antes tudo era pálido deserto Pujantes brasas em total desatino A razão finalmente adormecida por obra de duendes delirantes Os sentidos despertos para o que não viam antes A engrenagem sob o peito insone, imaginativa instilando o líquido insidioso lentamente gotejando sob minha pele Gole por gole na pura demora Enquanto o sol não nasce me abraça a seiva que prepara a aurora

Pulsão, Sublimação e Imaginário no "Werther", de Goethe

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"Ah, se pudesses expressar tudo isso, se pudesses imprimir no papel tudo aquilo que palpita dentro de ti com tanta plenitude  e tanto calor, de tal forma que a obra se tornasse o espelho de tua alma, assim como tua alma é o espelho do Deus infinito".... ("Werther", J. W. Goethe) "E se adormecesses? E se, no teu sono, sonhasses? E se, no teu sonho, subisses aos céus e ali colhesses uma estranha e bela flor? E ainda se, ao acordares, tivesses a flor na tua mão... Ah, como seria, então?" (S.T. Coleridge) A noção inovadora para a época, uma bomba existencial  onde subitamente os "sentimentos do mundo" passam a contar muito mais do que os "pensamentos sobre o mundo", colocaria em definitivo à margem da história o peso absoluto das abordagens racionalistas para a  sua interpretação, até então propagadas pela filosofia sistemática do século das luzes e pela ciência de época. Onde está a razão agora, depois do baque, onde está o equi

"Matrix", Alice e os paradoxos do contemporâneo

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Lembro-me, nostálgico, do conceito de futuro exposto por  Fritz Lang, no filme cult "Metrópolis", realizado há quase cem anos... A coisa toda ficou bem pior do que o gênio alemão poderia supor. A sensação claustrofóbica e a vertigem  de estar de pé em um planeta que parece girar cada vez mais rápido, num universo em contínua expansão, a sociedade pós-industrial  criando e destruindo referenciais com tamanha facilidade e volume que torna impossível a qualquer mortal assimilar a quantidade e a qualidade de informações julgadas necessárias para a sua vida. Situação de perda, que gera um certo descontentamento ou frustração diretamente proporcional à escala em que as próprias notícias, a tecnologia ou o conhecimento são produzidos. Ou seja, quanto mais informação, maior a tendência a uma relativa perda do referencial, e maior a sensação individual (em alguns casos coletiva, quando atinge determinados grupos) de perda, de incompletude, de infelicidade, enfim, de que está faltand

"Uma Temporada no Inferno" (Literatura e vida em Rimbaud)

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"25 de julho, Dia do Escritor" --------------------- "Detesto todas as profissões. Mestres e oficiais, todos campônios, ignaros. A mão que empunha a pena equivale à que guia o arado. - Que século manual! - Jamais me servirei das mãos! Depois, a domesticidade leva demasiado longe. A honradez da mendicidade exaspera-me. Os criminosos repugnam-me como castrados: quanto a mim, estou intacto, e pouco se me dá..." ----------- (Rimbaud) Por que se escreve? Para quem se escreve? Sobre o que se escreve ? Destoando intencionalmente da provocativa chamada ao  engajamento proposto por Sartre, entendo que e screver às vezes é nada mais do que procurar nosso próprio espelho, não apenas o reflexo luminoso do mundo exterior, mas aquele que possa refletir em profundidade o que realmente somos.   O impulso de pegar uma caneta, um lápis, um teclado ou um giz e sair rabiscando raivas, desejos, frustrações, impressões, histórias inventadas ou acontecidas, p