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Mostrando postagens de agosto, 2021

Castanheiras

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  Época da melhor luz do ano, na capital  Ipês espalhados por toda parte  rebentando flores Castanheiras se avermelhando na orla  Vitória se bota toda bonita perto do seu aniversário  Marina a postos com esses barcos brancos  Marzão azul repudiando invernos Bicicletas endoidam querendo passar  Abandonei a caverna por instantes e vimver a Primavera se concertar

Drummond

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  "Divagações sobre a vida literária  e outras matérias" Coisa linda, esse livro  Drummond, em prosa ou verso  é sempre  um sopro de vida

Leonardo Fróes (Poesia Reunida)

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  Saindo do forno,  no bom insight da Ed 34 Beleza de poeta  e trajetória Quando o tempo  é benéfico na soma  de seus sufixos

Berlim 1962

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  Entrevista de JGR em Berlim 1962 (rara gravação com o autor) Grande Sertão: Veredas: "Fausto Sertanejo"

Corpo de Baile

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  Auto-Presentinho chegando pra animar nos novos estudos de JGR. A primeira leitura de   "Corpo de Baile" foi ainda na universidade

"Nonada"

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  Novas leituras, novas metas de estudo Beleza de trabalho, uma via  extremamente rica para  exploração das veredas deste  mundo-Sertão  (Zahar, 2005)

Metafísica do Grande Sertão

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  Os traços do universal como busca e fundamento da condição humana na literatura de JGR. Primor do trabalho de análise e interpretação do texto  de "Grande Sertão: Veredas", à luz de uma certa idéia de transcendência -- que vai do Taoísmo oriental à Fenomenologia Heideggeriana,  passando pela mística presente em algumas escolas filosóficas desde a idade média e suas repercussões no ocidente até ser assimilada pela cultura popular nos rincões deste país EdUSP-. reed 2016

Meu sol no quintal

De um vermelho profundo  Rajado de azuis, vem Phoibos  desde cedo, e tudo o que toca vira luz Sem livro na mão, hoje Sem sentir o sol passatempo  Sentado, olhos fechados  Ouvidos eloquentes  Absorvendo isso como faziam os gregos  Como reverenciavam os Incas  Todo frio se afasta para sua caminhada Essa luz que nasceu há oito minutos  em apolínea arte de hidrogênio cada raio feito flecha em carruagem de fogo  Universo afora, essa luz inédita chega e me atravessa a pele, beijando ossos  aduzindo vitaminas e entijolando cálcio Vai  estender seu calor ainda por   cinco horas até Plutão até se perder (ou se achar) no infinito-além Tudo brilha, tudo tem seu próprio som Dez tipos de passarinhos agora em derredor  (Menino do mato, identifico todos de ouvido, que ouvir  é um outro tipo de ver) sanhaço, canário-da-terra, bem-te-vi, pardal, rolinhas, galo-da-serra, coleiro, andorinha, pombos, o sabiá do vizinho preso na gaiola  Sem contar os galos roucos do morro e os  pequenos garnizés que anunci

Flor de manga

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Do topo do muro já dá pra ver, do outro lado  Os coquinhos de verde-claro subindo  para se enfiarem em meio ao rosa Palavras descontidas portando ramos Configurações fractais vindo à luz  A intrincada geometria das flores de manga  que Fabergé conhecia bem  (Quem disse que a beleza está no simples?) Uma nova florada da mangueira rebrotando com a chuvinha boba  e precoce ameaçando primaveras Abrigo de pássaros e de um certo  Mico-leão acostumado a se esconder  na churrasqueira velha e vir catar bananas inusitadamente  descobertas no fundo do meu quintal  Um dia desses veio tudo abaixo, sem aviso  e deitaram sua velha copa ao chão  Vestidos de macacões laranja  e patrocinados pelos se sempre - os homens de barulhentas motosserras e muitas sedes nas mãos - (Sob protestos de moradores, tomados de espanto) Mas de novo ela sobe flores como se não soubesse (nutrida pelos velhos troncos) da existência das humanas razões  quando suga a seiva com suas raízes Eu, no meu canto  bebo meu café quent