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Mostrando postagens de janeiro, 2018

Shape of water

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(tem spoiler) Com globo de ouro de direção e treze indicações ao Oscar, vem aí "A forma da água". Não assisti ainda aos concorrentes, mas tô achando difícil levar o Oscar de melhor filme. Mesmo sendo um cineasta bastante irregular, é devido todo o respeito ao mexicano Guillermo del Toro, o cara que realizou  bons filmes como "Hellboy", a franquia "O Hobbit", e o fantástico  "O labirinto do fauno", um dos melhores filmes já produzidos, que ambienta fantasia e realidade histórica com uma poesia impactante, nos bastidores da guerra civil espanhola. Contudo, ao dar novamente asas à fantasia em "Shape of water", a fábula não disse a que veio. Há alguns flashes de poesia aqui e ali, e o trabalho dos (bons) atores não e´de se desperdiçar, assim como a  bela fotografia que não decepciona, mas vamos logo na jugular: que puta história fraca!  E isso não tem relação com o fato de se transitar no terreno da fantasia.  Há belíssimas obras d

Conhecendo melhor o inimigo

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A luta interminável contra as garras de um inimigo sorrateiro: a depressão, e alguns preciosos aliados na batalha cotidiana, que vão surgindo pelo caminho. A idéia não é diminuir artificialmente o tamanho do monstro, mas transformá-lo em linguagem ,poesia, movimento e corpo, chamá-lo pelo nome e a partir daí, identificando sua natureza, utilizá-lo, transformá-lo em força criadora, vencendo-o em seu próprio território. Há várias frentes possíveis, mas a arte é espaço privilegiado nesse campo, porque permite criar para além de si, superando seja pela metáfora, pela sublimação, a personificação de vivências de alteridade do mundo, vivenciais ou imaginárias, mas sobretudo extremamente ricas e intersubjetivas, possam ser experimentadas de foma mais ampla que as tacanhas limitações físicas do mundo "real". O ponto de partida é que o problema não ataca qualquer um, como diriam Kierkegaard, Heidegger e os existencialistas. Ou melhor, até podem atacar qualquer um, uma vez que

Valhala

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"Vikings", do History Channel, já no quinto ano,  encantando com  a qualidade técnica da produção, belíssima fotografia, roteiros extremamente densos escritos em sintonia com as últimas descobertas arqueológicas e escavações na região habitada pelo povo nórdico há mil anos atrás. Há cerca de 10 anos, as novas descobertas mudaram a concepção de diversos pontos ainda obscuros nessa história, tornando-a mais próxima e viva. Beleza de viagem no tempo, com extremo realismo cênico, a bordo dos terríveis Drakkares no mar do norte, com Ragnar, Rollo, Floki e a incrível Lagertha, ela sozinha sendo um bom motivo à parte para qualquer marmanjo virar fã de carteirinha.

Cinco Graças

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A beleza e a força do corpo feminino  contra a repressão   na terra dos Aiatolás, em "Cinco Graças" . Liberdade e luta. Poesia do início ao fim ---------------- Prece do Belo Caminho (ritual dos índios Navajo) Hoje sairei a caminhar Hoje todo mal há de me abandonar Serei tal como fui antes Terei uma brisa fresca a percorrer-me o corpo Terei um corpo leve Serei feliz para sempre Nada há de me impedir Caminho com a beleza à minha frente Caminho com a beleza atrás de mim Caminho com a beleza abaixo de mim Caminho com a beleza acima de mim Caminho com a beleza ao meu redor Belas hão de ser minhas palavras Belas hão de ser minhas palavras Belas hão de ser minhas palavras

Brotherhood of blades

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A beleza das mulheres orientais, da fotografia, das sequências de luta e das paisagens deslumbrantes da China e do Japão, em Brotherhood of blades II,  "The infernal battlefield". Extasiado

Sagas

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A beleza dos contos reunidos em "Sagas", de Strindberg, escritos há mais de cem anos como um presente futuro para sua filha pequena, Anne-Marie, que ainda não completara um ano de idade. O livro reúne pequenas obras-primas escritas com tanto talento, ternura e gênio, misturando dramaturgia, narrativas, "realismo" e fantasia, que vem transcendendo épocas e gerações no legado de uma das grandes obras da literatura, cujo gênero por vezes é denominado "Infantil", de forma limitante e equivocada, quando deveria ser considerado matriz universal da experiência humana. Há quem considere o livro como uma prévia do que seria mais tarde a riquíssima vertente do "realismo fantástico", na literatura. Eu não tenho a menor dúvida quanto a isso. E independentemente de todos os paralelos e analogias possíveis, a beleza do texto fala por si só. Leitura mágica. ------------------- INSPIRAÇÃO ( Para Strindberg) Ao poeta mais vale a beleza do mome

Merlí

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Seriado produzido pela Tv da Catalunha, já na segunda temporada. Jeito inteligente de aprender Filosofia

Mundo paralelo

A fuga, amigo! quem quer viver da realidade Essa coisa tacanha e mordaz que nos cobra no cotidiano uma espúria cumplicidade? O capitalismo que se exploda! O sistema que se dane! Venha o etéreo, o desvão dos sentidos os mundos perdidos que nos aguardam na imaginação Sinestesia com o mundo apenas o tato, o olhar, o gosto De resto, o viajar o partir para o inconcreto e rico do viajar Olhos cansados que experimentam uma outra beleza E deixe o ranger da vida moer seus ossos no andar de baixo agastando-se no meio de tanto tédio flutue alto nesses novos mundos e esqueça a caixa de Pandora porque pra isso nunca haverá remédio

Poema sem titulo

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Na ida Debaixo da taba improvisada o indiozinho que mora ao lado da BR Sem camisa Short tactel, cara suja umas perebas sobre as pernas resto de mingau na cuia Contas, conchas, penas de arara colar é quinze pulseira é dez gamela é trinta A foto é cinco real, moço A inocência da criança Sorriso gratuito rolando na poeira com os seus Um papagaio pequeno Um cachorro magro A moça empolgada do chapéu largo grandes óculos de sol e fotos muitas fotos Caminho de volta Perebas fizeram mais uma vítima Fugindo num segundo desse espírito da miséria Curumim ganhando asas como as flamas das araras Que habitaram impunes por milênios esses recantos Voa longe, indiozinho, e leva junto o meu abraço pra um tempo-espaço onde tudo que é livre realmente vive e não há mais dores nem cansaço

Aprendizado

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Força Equilíbrio Leveza A beleza De aprender O próprio corpo Como uma missão Um fim em si mesmo Sem pedir perdão

Black Mirror 4

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De volta a ousadia de uma das coisas mais inteligentes já produzidas para a telinha

Grão

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Grão claro, grão escuro Muito torrado Pouco torrado Coado Filtrado Ou puro Na memória Pra matar a  fissura Sei nada sobre café Gosto desde que seja forte Com água fervente Eu gosto mesmo é de Café-com-gente

Bullet Head

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"O Aleph", numa homenagem especial à Sétima Arte, para relembrar o poder e a magia do cinema, e a influência que o forte imaginário da telona sempre exerceu sobre nossa intenção de escrita, neste ano de 2018 estará se dedicando particularmente a comentar os filmes, bons ou ruins, que passaram pelas nossas parabólicas. A abordagem não se restringe a filmes novos, podendo se estender a qualquer coisa que surgiu na tela, e que por acaso, só tenha sido percebido por agora, seguindo sempre uma linha intuitiva e não cronológica ou "popular", no sentido de bilheterias blockbuster etc e tal. ---------------- A primeira referência de 2018 é o "Bullet Head", muito fraco por sinal, apenas pra lembrar com ironia gritante algo que acontece com uma certa frequência dentro do cinema americano. Sem papinho besta ideológico,  ressalvando-se algumas produções européias, algo do cinema argentino e também do cinema iraniano, ainda o melhor cinema do mundo, este que habita a

Flamboyant

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As cores na Terra floresceram primeiro no corpo de um Flamboyant depois que um deus fulgurante chamou a vida pra dançar