De um vermelho profundo Rajado de azuis, vem Phoibos desde cedo, e tudo o que toca vira luz Sem livro na mão, hoje Sem sentir o sol passatempo Sentado, olhos fechados Ouvidos eloquentes Absorvendo isso como faziam os gregos Como reverenciavam os Incas Todo frio se afasta para sua caminhada Essa luz que nasceu há oito minutos em apolínea arte de hidrogênio cada raio feito flecha em carruagem de fogo Universo afora, essa luz inédita chega e me atravessa a pele, beijando ossos aduzindo vitaminas e entijolando cálcio Vai estender seu calor ainda por cinco horas até Plutão até se perder (ou se achar) no infinito-além Tudo brilha, tudo tem seu próprio som Dez tipos de passarinhos agora em derredor (Menino do mato, identifico todos de ouvido, que ouvir é um outro tipo de ver) sanhaço, canário-da-terra, bem-te-vi, pardal, rolinhas, galo-da-serra, coleiro, andorinha, pombos, o sabiá do vizinho preso na gaiola Sem contar os galos roucos do morro e os pequenos garnizés que anunci