Coringa, de Todd Phillips, absoluto. Do ponto de vista "sétima arte", perfeito. Fotografia, trabalho de atores, roteiro, música, tudo que é possível imaginar. Do ponto de vista temático, um forte questionamento da sociedade contemporânea, seus valores, talvez deixando de lado o mundo macro, os discursos políticos mais comuns, o foco no "grande motor" da economia, da expansão imperialista, para concentrar no mínimo, no corpo, no cotidiano das pequenas questões institucionalizadas, e na forma como elas surgem, principalmente àqueles que de uma forma ou de outra encontram-se marginalizados dessa máquina. Uma saída pelo individual, lembrando o corpo indócil em Deleuze, Guattari, Foucault, contra a normalização das forças , uma rebeldia em favor da vida? Beleza de filme, uma crítica poderosa à sociedade de consumo e ao padrão "american way", que vem se impondo novamente sobre o resto do mundo, com seu alto preço a pagar, inclusi