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Mostrando postagens de janeiro, 2019

Red Papoula

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Beauty  Turn on the World  In red and green Lost souls Running around a red skin The essence of life Waiting for a pinprick Silence blows over the night The book of secrets Rests glad on your pale hands Still remains there, the signs In the light of her eyes That mesmerizes everything Floating on liquid green Bright flight under a starless sky Red Papoula I would drink of you white blood All the night long And it wouldn't ever  Makes me feel numb

(Tao V) A criação

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O desejo é poderoso Mas não é a única  E nem mesmo a maior força estética Por si só Talvez a mais conflituosa  Negá-lo é mãe e pai  de tamanhas infelicidades e tragédias Aceitar, absorver, fruir o desejo como via natural Não represar nem condicionar A qualquer coisa que lhe seja exterior Não sucumbir ao desespero moral Sentir, apenas,  como o que é perecível Porque toda força resguarda  uma fragilidade Emanar o  sensual como linguagem e tinta e pincel sobre as brancas telas do mundo: Existe aí um mecanismo de criação Primitivo, ingênuo, animal Mas o que dá o tom do humano É o paradoxal Quando a força mais criativa surge internalizada pelo conflito E a Sublimação torna-se a raiz de toda arte Porque o ordinário da vida humana É a imensa frustração contínua  dos desejos Dessa fome insaciável  surgem a pintura,  a música,  o verso Ou na escolha pela inação, surge o Zen A arte que merece o nome  Está sempre possuída pelo mundo

(Tao IV) Physis

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O silêncio A contemplação: Absorver e reverberar  em outros campos mais profundos de terra fértil a incomensurável força do ao-redor Na alegria, a vibração Na dor, a resiliência Ambas potentes forças de criação O mundo pode nada  contra mim

(Tao III ) Respiração

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O fluxo do vento que invade as narinas e inebria atravessa os poros sem permissão sossegando ou atiçando Ritmo, pulso, movimento não dependem do que está fora mas do que se arvora por dentro

(Tao ) II O Equilíbrio

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No ocidente , a potência No oriente, o equilíbrio A verdadeira força  não está no desgaste na exaustão no estertor nem na explosão É a contenção que faz a luz brilhar  Fagulha entre dois polos: o veio da inércia e o espojar

(Tao) I - O dia

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24 horas  24 lutas 24 vitórias sobre si mesmo Lucidez Serenidade Força As únicas batalhas que importam

Bambu

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Havia sempre um Japão ancestral dentro de cada um de nós quando, olhos acesos, mal acordávamos pelas manhãs já saíamos em disparada -- inauguradas as férias de julho-- um sol nascendo em cada coração e o desejo de tomar o mundo pelos olhos pelos ouvidos, pelos gritos nos habitava do nascer ao poente Caçar bambu, embaúba roxa e estilingueira Pra não perder a viagem bicicletas por alazões embrenhávamos nas matas atrás das únicas razões que ainda nos manteriam vivos e donos dos nossos destinos: Um objetivo que não necessariamente se consolidava ao final, no seu palpar (tantas vezes frustrado), mas cuja intensidade estava na vivência do andamento : o dia multiplicado em muito mais que as meras vintequatro horas Aquelas árvores elegantes, misteriosas silenciosas em sua convicção, bosques perfeitos de cores amarelo-pátria, em cepos gigantescos de colmos largos, os verdes delgados em profusão ou contundentes fininhas e taquaras perfeitas para a pesca de lambari

Diamantes de Sangue

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Dedicado às milhares de  vidas (animais, homens, árvores) ceifadas pelo  rompimento criminoso de mais uma barragem de lama da Vale Uma das empresas que mais desmatam, destroem, poluem, sonegam e no entanto, uma das que mais investem em maquiagem verde pra disfarçar seu impacto duramente predatório e extrativista padrão terceiro mundo O silêncio diante da natureza é sabedoria O silêncio diante da opressão é covardia Arte que se cala é iníqua ---------- "Que raízes são essas que se arraigam, que ramos se esgalham Nessa imundície pedregosa? Filho do homem, Não podes dizer, ou sequer estimas, porque apenas conheces Um feixe de imagens fraturadas, batidas pelo sol, E as árvores mortas já não mais te abrigam, nem te consola o canto dos grilos, E nenhum rumor de água a latejar na pedra seca. Apenas Uma sombra medra sob esta rocha escarlate" (Waste Land - T.S. Elliot) ----------------------- O metal  liso e frio                cuja cava beira o rio

Roma

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Belo filme, onde uma idéia simples pode conduzir equivocadamente ao conceito de simplório. Uma coisa não é outra, ainda mais quando por trás do olhar que quer colocar o "simples" existe tanta perspicácia, no que diz respeito às sutilezas do registro tanto fotográfico como da participação de atores praticamente desconhecidos em uma visão enriquecedora porque mergulha em detalhes, sobre um cotidiano comum como qualquer outro. O preto-e-branco valoriza ainda mais o contexto.

Boca do inferno

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Pensa num cara foda, e aí você depara no susto com essa Antologia dando bobeira na livraria da esquina. E o quanto é estranho quando você não se identifica na escrita com praticamente nada que esteja sendo produzido nos dias de hoje, e vai sintonizar justo em almas perdidas de tanto tempo atrás. O reencontro com a poesia primeira deste país, em grande estilo, e a bonita e estranha sensação quando você descobre, meio que por atavismo, que dentro do seu próprio estilo literário , tem tanta engenharia e forma de enxergar o mundo semelhantes a outros poetas que habitaram este planeta, às vezes séculos atrás. A prova cabal do quanto a arte não se submete ao tempo. Descobrindo, feliz, o tanto de barroco que eu mesmo carrego na alma e no texto, a vida inteira.

A fé que eu quero

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 (para Yuka : 1965-2019) "Quando o monstro vem chegando, chegando, e ameaçando invadir o seu lar.... -- parado aí no mêmo lugá, se não , se corrê, eu atíro. .." --------------- o verso que destrava na praia e sobe o morro com familiaridade arte de artista corajoso denunciando violência pra falar convincente que nem pipa sinalizando o verbo em final de tarde descobrindo a poesia lá, entocada, onde ninguém quis ou ninguém podia ver o garoto a garota inteligente, as vozes das comunidades na visão de um outro Rio, quem sabe,um outro país  que anda  muito longe mas já cresce feito plantinha irrigada no coração de tanta gente ainda frágil, ainda débil mas plantada, germinada e com o sol certo, se der uma chuvinha não é coisa de se perder a esperança (porque você não perdeu, jamais) porque dela dependemos não apenas nós como indivíduos salvos por um dia  mas todo o mundo que está em volta  que de revolta em revolta se agonia

A Dança (um olhar sobre a beleza trágica dos corpos)

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- ( Chet Faker, video Youtube) APOLO X DIONÍSIO (a tragédia cotidiana) "Cantando e dançando, manifesta-se o homem como membro de uma comunidade superior: ele desaprendeu a andar e a falar e está a ponto de, dançando sair voando pelos ares. De seus gestos fala o encantamento.[...]O homem não é mais artista, tornou-se obra de arte: a força artística de toda a natureza, para a deliciosa satisfação do Uno- primordial, revela-se aqui sob o frêmito da embriaguez." (Nietzshe, "O Nascimento da Tragédia") ----------------------------------- O "Apolíneo" : os muitos anos de treino das patinadoras, a disciplina, a repetição até alcançarem uma perfeição da forma, na execução dos saltos, na condução dos movimentos, o controle individual exercido por si mesmo sobre seu próprio corpo; a ciência dos movimentos e seu alcance. Numa palavra, o esqueleto que permite a execução de uma força maior que o habita O "Dionisíaco" : o fl

Pequena Miss Sunshine (2006)

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A importância da valorização das políticas afirmativas de gênero e o enriquecimento da cultura que isso traz. Não se trata de advogar a maior ou menor qualidade deste ou daquele gênero, por si só,  porque cada talento é único e afinal é justamente a idéia que se quer combater é a prevalência de um sobre qualquer outro, mas a essencial visão diferenciada que isso proporciona é onde pode residir a beleza no final de tudo. Os exemplos dessa percepção, quando falamos da necessidade e da bonita colheita de resultados em andamento com mulheres por trás das lentes são inúmeros, e o belíssimo "Pequena Miss Sunshine" (2006) é um deles. Como os olhares sutis de Sofia Coppola, Anna Muylaert, Nadine Labaki,  Denize Gamze Ergüven, Agnés Varda, na minha leitura é o toque de uma conhecida diretora de clipes e produções musicais que dá o toque e o andamento do filme, do começo ao fim. As coisas de Hollywood, onde se produz massivamente de tudo um pouco, onde há do pior ao mais brilha

Viagem ao fim da noite (notas para um ensaio)

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O terrível, sob o previsível, quando um livro traz em si um testemunho mais poderoso que qualquer ficção Quando tudo o que é humano torna-se no fim uma enorme e dolorosa ferida A denúncia da guerra, das vilezas e a sede de sangue que marca nossa espécie Como abordar uma obra com esse peso todo sem sentir por dentro os redemoinhos das tripas em revolução recusando-se a digerir a essência do que nos tornamos coletivamente A ousadia de estilo,  a forma original da narrativa, que mescla  oralidade da rua com momentos de erudição e um cinismo de derreter concreto A hiper-consciência de um autor como Céline, o senso crítico elaborado, a agudeza da visão sobre o caráter humano e seus desdobramentos A experiência autobiográfica de lutar na primeira  guerra, e a  perda de qualquer fé na humanidade. A inacreditável aproximação final com o nazismo durante a segunda guerra e a trágica execração de um gênio literário A ambiguidade sempre presente das questões: vid

Amor (Michael Haneke)

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"O Aleph" retornando à análise de filmes esta semana, depois de um tempo em off. ----------------- Filme: "Amor" (2012), do  austríaco Michael Haneke, onde o diretor traz o habitual olho crítico existencial no questionamento da idéia equivocada de amor romântico. A dificuldade de falar sobre o cinema de Haneke. Não tanto pela existência de algum hermetismo na linguagem de seus filmes,  --que apesar de possuírem uma simbologia e recorrência de temas característicos e no delinear da sua carreira eles apresentarem entonações e apropriações muito particulares como na arte de qualquer artista para os temas que julga importantes, não são signos inexpugnáveis  --,  mas sim por uma outra razão: a forma como Haneke vê o mundo, ou ao menos a forma como nos quer mostrar sua visão de mundo, seja doando suas metáforas ou chamando à provocação, às vezes é  simplesmente aterradora. Seus filmes raramente têm final feliz. Mais que um polemista dedicado  a confrontar por e

Contos Completos (Murilo Rubião)

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Uma tristeza: ter demorado tanto pra descobrir. Uma felicidade: ter descoberto a tempo. Que escritor incrível !. A fineza do texto, o delírio calmo das articulações, a concisão surpreendente para o gênero e essa imaginação sem igual, como uma imensa lente colorida que faz do mais banal evento algo tão grandioso. Como é incrível essa nossa literatura, ainda tão pouco conhecida, às vezes por nós mesmos, e tantas vezes pelo mundo afora. Arte não é olimpíada nem escolhe lugar, mas apenas para constatação, cansamos de ler autores consagrados mundialmente cujo fôlego, ousadia ou talento não chegam nem perto de algumas crias da terra que permanecem quase em segredo do grande público.

Prosas Apátridas (Julio Ramon Ribeiro)

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Das leituras descompromissadas, de que aliás sou ferrenho defensor, e das "coisas pequenas" que surgem pelo caminho. Julio Ramon retomando o vagar pensamento e o aforismo com muita arte. A invertida quanto à lógica platônica e ocidental, que valoriza a dialética e a verticalização do pensamento em apologia do modo "verdadeiro" , e a curiosa proposta do autor, lembrando s profundidade do pensamento aleatório, que recusando qualquer roteiro racional e andando "por fora, ao lado ou deslizando sobre qualquer verdade, estabelece outras linhas de olhar. De uma forma menos pretensiosa, é claro, é como se Montaigne por um instante saísse de seu tempo e começasse a zanzar pelas ruas de nossas cidades e cafés, falando um pouco sobre tudo e todos em novos micro-ensaios com a melancolia bonita de um Villa-Matas. Livro bom pra levar no bolso.

Lavoura Arcaica (Raduan Nassar)

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Raduan Nassar e a experiência da intensidade. Há autores de avalanches de páginas, e há os que as provocam com poucas palavras. A experiência dolorosa e altamente biográfica desse livro é um exemplo gigante de como a arte tem esse poder intrínseco de metabolizar o sofrimento em beleza. A descrição dos movimentos e cenas é única, com um enorme poder de evocar imagens, atributo virtuoso da estética de Raduan. Obra que conheci tardiamente, e pela qual fui tomado. "Lavoura Arcaica" é sem dúvida uma das coisas mais poderosas que surgiram por aqui. Cia das Letras com uma bela edição.

Da Poesia (coletânea de poemas de Hilda Hist)

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Vergonhosamente ainda não conheço Cecília. Tenho lido Adélia, tenho lido Ana C., gosto muito de Sophia, não absorvi muito bem AMM e recentemente tive a felicidade de "descobrir" Wislawa , mas quando penso numa voz feminina, quem sempre me ocorre primeiro é a doce selvagem Hilda. A profundidade de temas eternamente filosóficos que relacionam Deus, a corporeidade, a finitude, o erótico, a solidão, tudo isso sem enveredar-se pelos caminhos tristes de qualquer hermetismo. Hilda consegue morder sem causar dor, faz incendiar sem que isso queime a pele, porque no fundo dessa agressividade criadora, há uma doce poeta em eterna gestação de uma forma maior de vida por suas belas metáforas. Não indico um livro, em particular, mas o conjunto da obra poética, ousada e abusada sem perder a ternura. (A propósito, tem uma bela edição da Cia. Das Letras)

Cem anos de solidão (Garcia Marquez)

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"Cem anos de solidão" surgiu pra mim depois de ter conhecido Borges, Cortázar e Vargas Llosa, mas foi a primeira vez que eu tive a noção mais forte de uma "Latinoamerica" na literatura e na vida. Essa forma exuberante do Garcia Marquez de escrever e ilustrar a saga de uma familia qualquer perdida no meio do nada , e através disso com tamanha precisão nos dizer de fato quem e como nós somos, como funcionam as engrenagens que nos situam no Globo e como essa nossa história continental , em tragédias e alegrias, guarda muito mais semelhanças que diferenças apesar da língua. Mais que isso, como é possível ter a consciência (uma consciência coletiva, talvez) que faz tremer antigos impérios toda vez que ameaça vir à tona. O despertar de uma visão capaz de mostrar o outro lado da história e evocar identidades desse trágico-latino sem perder o gosto pela beleza, pelas cores e a musicalidade que nos povoam desde sempre.

Cidades Invisíveis (Italo Calvino)

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Esta é da série "confessionário", respondendo a uma pergunta virtual: se fosse pra você ter escrito algum livro extraordinário nesta vida, qual seria? bom, eu queria ter escrito "As Cidades Invisíveis", de Calvino. Porque é uma obra-prima do gênero literário que mais gosto, porque o autor é fantástico, com perdão do trocadilho, e porque se os relatos originais de Marco Polo, descobertos pelas bibliotecas da vida ainda lá atrás, quando eu era garoto, já traziam tudo de maravilhoso e surpreendente de que uma imaginação é capaz, sua apropriação por Calvino e a reinvenção do olhar é uma das coisas mais bonitas que já foram escritas. Uma arquitetura de sonhos posta em linguagem generosa que nascimorre para dar conta da densidade de um livro e do rarefeito mundo ao redor. Palavra que brilha enquanto se move, tocando todas as coisas que ainda não existiam antes dela. Calvino reensina o poder do imaginário, o deslimite da escrita testemunhando o outro lado de ser humano.

Trópico de Câncer (Henry Miller)

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Eros como fonte de vida. Um Nietzscheano em sua imersão no "mundo real". Escritos fortemente autobiográficos (existe isso, ou toda autobiografia também não é um tipo de ficção?) Seja como for, a prosa de Miller põe em campo a noção de como podem caminhar juntas filosofia e arte, desde que Logos não insista em governar Eros. O resgate do erótico como motor da vida, por uma linguagem livre que contudo não o torna panfletário ou senso comum, mas o re-humaniza e redireciona para o que lhe foi tirado de essencial: sua naturalidade. O corpo indócil contra as correntes, o indivíduo contra o sistema, em belíssimas e inspiradas divagações que tornam o texto de Miller algo único e fazem entender uma vez mais o quanto a moral tacanha e repressora (hoje tão em moda por nossas tristes terras brasis) atua como um inimigo mortal de todo tipo de arte. Inspirador de toda uma geração, de Anaís Ninn e Philip Roth a Foucault e escritor instigante ainda hoje, passados quase cem anos dos seus pr