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Mostrando postagens de fevereiro, 2021

Os dias

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Os dias - Poemas     

O Aleph - 10 anos

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Comemoração extemporânea, na verdade, porque desde abril de 2010, lá se vão 11 anos já, da criação deste Blog. Mas em abril 2020, quando a bomba Covid já fazia tantos estragos, não senti qualquer motivo pra comemorar qualquer coisa. Na verdade, quase parei com a escrita de vez. Muitas felicidades lancei aqui, muitas dores e catarses também. Belezas, terremotos e momentos de silêncio espacial necessário para recuperar o fôlego depois de uma grande alegria ou tristeza. Não houver nenhuma outra função para os textos, ao menos a mim me consolam tê-los escrito. Penso que a escrita, no fim das contas, pareia com a vida, com a respiração, com os fluxos em geral, tanto humanos quanto da natureza, em suas manifestações. Você pode metabolizá-los, metaforizá-los, mas não se deve tentar contê-los O fato é que, nesse período de mais de 10 anos de escrita compulsiva, o Blog foi meu grande "arranjador", um imenso facilitador para organizar, editar, manter o foco, em vez de simplesmente perd

Polanski

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O cinema, sendo a grande arte contemporânea. Pelo fascínio que exerce, a sinestesia tomando vários sentidos ao mesmo tempo e ensaiando as possibilidades estéticas em diversos campos.  É a paixão incondicional pela fotografia, o registro mágico da pintura e do movimento. É o eixo do roteiro, portanto narrativa e história. Diálogos e aberturas que evocam a identificação ou olhar crítico do público por tornar suas vidas algo digno de ser encenado. É música que enseja a maior intensidade nos andamentos, as pausa s de silêncio e fôlego e os exageros da adrenalina na emoção do pulso rápido É teatro pela dramaticidade, o corpo em ação, a grande pegada dos diálogos, e de como se torna possível ir tateando a condição humana através da fala e do gesto E é poesia, no fim, quando mistura tudo isso num texto aberto para propiciar a criação de novos mundos no espírito do espectador ---- Trabalho belíssimo de Polanski -- ele que segue fazendo o que Woody Allen não conseguiu de uns anos para cá, propo

Galeano

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  Três décadas atrás, Galeano  já dava o toque. Não é um caos generalizado mas uma aparência caótica  para processar um sistema  objetivo e real (Eduardo Galeano - "O livro dos abraços")

Os cabelos do sol

Quando o dia amanhece comum  e nada se ouve muito bem  Ouvidos tomados  pelo barulho ao redor  E deixamos de lado o jornal por um instante  na esperança de que o mundo pudesse ser melhor  se nossos próprios olhos melhor pudessem vê-lo  Quando o cinza ameaça as manhãs  e a consciência vã dissolve-se  em face das enormes tarefas  Uma criança vem  com sorriso de olhos à luz  e acende o sol com seus cabelos

Flamboyant

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Te ofereço um Flamboyant

Urbanidades

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Cinema

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Her

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  Cinema e vida: dos filmes  que você assiste e te marcam  pra sempre Spike Jonze, numa inspirada direção, um dos roteiros e diálogos mais inteligentes que vi num filme. Fotografia perfeita Um puta elenco e a presença de Scarlett,  nem que seja em voz

Box Camus

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  Depois de quebrar a cara com as  "Obras completas de Balzac", pelo  selo de segunda linha "Editora Azul"  da Globo (nunca vi edição mais porqueira),  tava na dúvida sobre o box  Camus, da  Record mas resolvi embarcar assim mesmo. Grata surpresa, o trabalho da Record é  primoroso, ed capa dura, papel de primeira,  contendo os três romances publicados  pelo autor em vida, além do belíssimo  ensaio "O mito de Sísifo", um dos textos  mais bonitos já escritos e que mostra  com toda força a importância do gênero  ensaio como melhor fórmula de se mesclar  elementos de filosofia e arte numa mesma  fala. Assim como Sartre, Camus é autor essencial em nossos conturbados dias, quando a busca de uma noção maior de sentido volta a se tornar relevante, jogando por terra a superficial impressão de domínio lógico de um mundo-máquina

Mallarmé

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  Quando, na sua formação de leitor  você implica com determinado poeta, por questões tão idiotas. Fazendo justiça a esse grande autor que apenas por pirraça deixei de considerar  antes, durante tanto tempo Aficionado por Baudelaire ,  (até hoje) achava Mallarmé uma cópia  mal feita, mesmo diante da fama Um agitador superficial  diante da força contundente das  imagens do seu  mestre.  Baudelaire é quase um místico, dessas criaturas meio sinistras, meio deuses em seu surgimento  no mundo, alguém com que  dificilmente outra poética pode  ser comparada . Um criador de mundos Acontece que Mallarmé, ao quebrar  um pouco essa seriedade de Baudelaire  dá uma outra plasticidade à palavra  que antes não havia . Daí, em certo  sentido, abandona o mestre para  correr a vida com os próprios olhos E vem, com sua mente inquieta  falando sobre tudo que é tema  sem privilegiar cânones ou escolas Trazendo principalmente   inovações de forma, que vão influenciar fortemente o que vem depois Na torção, n

Dois sóis

Dois sóis  sob as pálpebras E o universo nasce nas cores de um abraço

Inspiração

Que as pessoas que contam nessa vida despedaçada sigam sendo o que são Contra tudo e todos Alento         alimento                    inspiração E saibam sempre o quanto importam o quanto fazem diferença Na presença não alardeada no gesto simples na constância férrea e poética de suas lidas nem sempre reconhecidas quando nosso tempo [ e nossos espaços ]           são medíocres Pelo seu talento que transcende e um quê que elas têm a mais para oferecer, intensamente: a comoção de ser e patrocinar gente Que elas saibam que são notadas respeitadas e suas atitudes tantas vezes seguidas Que saibam, por fim , mesmo sem anúncios de jornal espalhafatosos outdoors ou por mais uma explosão de mídia O quanto são queridas  E o quanto suas vidas  Instilam vida Em outras vidas  

Como se fosse acusação

Defendi melhorias na qualidade de vida  e menos exploração para os  trabalhadores, a taxação de grandes fortunas e uma melhor distribuição de renda e me acusaram de ser comunista  Defendi a liberdade de pensamento,  a tolerância religiosa,  o respeito à liberdade de crença e à diversidade,  enalteci a potência humana para enxergar a vida  em plenitude, sem se escravizar por dogmas   algumas vezes doentios e a moralização do mundo. Me acusaram de ser ateu  Saí tantas vezes em defesa dos amigxs, principalmente depois que virou a maré braba dos tempos, e-- mesmo sem que eles precisassem defesa no seu modo legítimo de ver e sentir a vida -- me tornei mais uma voz incessante contra todo tipo de opressão e de cassação dos amores e afetos e todas as variações possíveis com que eles vêm ao mundo.  Elevei a voz não poucas vezes contra os desequilíbrios de gênero que ainda penalizam a mulher e contra os guetos, a segregação insidiosa que reside entre nós, desde criança na escola observando a pre

Cacaso

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  "Toda coisa que vive é um relâmpago"  ------ Dentre outros no movimento Leminski foi o mais Pop  ACC a mais trágica Chacal o mais doidão Cacaso é o meu preferido dessa geração  que marcou pra sempre a poesia no país Todos eles grandiosos em retratar o ínfimo, o dia-a-dia, as pequenas grandes coisas   Objetos, situações, pessoas que tantas vezes passariam batidos não  esbarrassem com esse olhar rico do poeta

Poetas

Leio história e não sou historiador Estudo filosofia e nunca fui filósofo Amo biologia e jamais serei cientista                      Sou  só o nada que se põe a falar Em um mundo repleto de dores a escassa beleza que (r)existe                   é algo que muito me afeta Daí não me coube outro destino  e eu não escolhi                       Foi a vida que me fez poeta Falo de beleza  mesmo quando o amargo  toma à frente o pulso e as conjuras   (transbordando o indivíduo) abraçam o coletivo E as palavras assim tornam-se nada além  da minha pura amargura                                                                           Ou quem sabe levado pelo sonho de minuto otimista , o veio alegre eventual em hiperbólicos delírios flutuantes Um mundo melhor e mais justo   como nunca visto antes Ainda que pelas mãos desacreditadas dos homens Para o poeta cuja sensibilidade é instrumento e que outras esferas vê Denunciar as condições   de impedimento do que vem a ser nasce muito antes de aprender

Deleuze

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O Abecedário  (vídeo raro do filósofo) 13 De Junho, 2018 •  O Abecedário De Gilles Deleuze (Transcrição + Vídeo Completo   DVD: O ABECEDÁRIO DE GILLES DELEUZE. Editions Montparnasse. ------------ Em 4 de novembro de 1995 faleceu Gilles Deleuze, um dos filósofos mais importantes do nosso tempo! Sempre se recusou a participar de programas de televisão, mas era uma estrela que deslumbrava a todos que assistiam seus cursos – ainda nos encanta imensamente ler, ouvir e assistir Deleuze! O Youtube/Facebook e outras redes sociais tem produzido diversos bloqueios (devido aos direitos autorais da produtora) para quem busca compartilhar essa obra fílmica, intitulada O Abecedário de Gilles Deleuze. Porém ela sobrevive e resiste em seu formato completo em nossas lutas para compartilha-lo através das redes. O Abecedário está dividido em 3 partes. A primeira parte (A a F) e as outras duas partes estão anexadas no Vimeo (no modo privado), basta acessar o link para acessar a parte 2 (G a L) e 3 (M a Z)

A Ilha

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         Vitória é linda, esta cidade. E muito mais bonita agora do que há vinte anos, quando a abandonei pela última vez. O cheiro de mar que respinga em toda a orla. A vista da  capital pelo grande arco da Terceira Ponte. Os navios gigantes à direita nem tão distantes esperando para entrar no porto. O mar refulgindo no azul verdão todos os espelhos do sol da tarde. De cima do morro, a vista de “lá para cá”, aquela famosa mirada de Vila Velha para Vitória, do alto do Convento da Penha, primeira vez que vi a capital, ainda menino . É como se, na intenção de nos enxergarmos de verdade, precisássemos de vez em quando sair um pouco de nós? É. Cidade é assim, coisa meio orgânica, como corpo. Um olhar de lá que nos ressitua, ao dizer o que nós ainda não vimos.  Olhos que vão viajando soltos, leves e longos pegando desde a entrada à esquerda da baía, chegando à ilha numa bela tarde de sol pela ponte de ferro Florentino Avidos e    deslizando a visão suavemente à direita pela estreita beira-m

Terra molhada

Poluição, seca, calor dos infernos Mas ela vem assim mesmo, e entorna Vai lavando, diligente            e irrigando, generosa o que encontra pelo caminho Mágoas, melancolias, escadarias Dificulta por uns tempos  o triste hobby dos incendiários  Destila o bruto vivido no concreto  Dissolve convenções e vivifica o rumo dos dias. Chuva lá- fora repõe os ponteiros do agora  Embaça os vidros dos carros  lembrando ao incrédulo dia  que em todo cantinho ainda há poesia Desperta a terra para sua potência como se a latência se guardasse no núcleo Na cadência surda de um mundo escuro  bem no limbo do planeta e as primeiras águas desvelam o ser que sempre esteve ali, contido Terra quente que sabe segredos  Absorve chuvas e oferece nuvens Sem medo rebrota, repovoa, nutre e com a fúria calma das águas renasce Sossega a ventania que vai dentro  Melhora o respiro das coisas e dos bichos Os bambus não recolhem a felicidade Os passarim endoida Aparece bicho novo de tudo que é lado A terra seca, só no g

Ed Patuá

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Bora participar que vale a pena fortalecer uma das melhores editoras do país Campanha  de financiamento coletivo Editora Patuá   https://benfeitoria.com/patua?ref=benfeitoria-home

Veinho genial

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Um dos maiores cineastas vivos,  Woody  Allen no "Entrevista com Bial""  

O corpo que não habito

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  I. Se eu sonho, ele está sempre presente e se acordo, longe vai o dia ele ainda não evanesceu Teu corpo é a memória primeira do mundo perfeito que um dia habitei          e depois perdi Assim como perdi a mim mesmo peregrino pelas montanhas e vales de tuas terras irresolutas Na absorção, por tentativas e erros de tua essência de sombras e luz Na absorção, por desesperos e fracassos de toda tua liquidez pelos meus poros Objeto para meus olhos sujeito para meu coração laboratório de minhas mãos imperador de minhas vontades Desde o primeiro instante onde eu ainda não era nada mas vim a ser por ti Teu corpo é a memória perfeita do mundo que primeiro habitei                               e depois perdi II. Teus seios a meio caminho da minha boca o desejo e sua interdição Brigando forte em meu espírito tantas irrazões, numa dura partida enquanto os olhos, privilegiados contemplam a fonte da vida Sou criança, e me alimento em ti como se fosses o primeiro leite como se fosses o primeiro camp

Pixels

Menina linda, quem te ensinou essa arte de ver A mesma que quando não traduz o mundo  (abandonando o terror para acreditar na beleza ) voa para dentro das coisas  -- até as mais simples -- adentra o âmago das pessoas e delas extrai a quintessência livre de remanescente delicadeza ? Uma escrita figurativa  de lentes e tintas, de calor e de luz só para lembrar, ao que vive  por que de fato vive  e a outros olhos quem os conduz

"A persistência da memória"

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  "A persistência da memória" Poemas Depois de década fazendo minha salada poética com os adorados românticos Byron, Shelley, Blake, Coleridge, Goethe  -- Novalis e Hölderlin só conheci depois -- (Nietzsche, Shakespeare e Bandeira correndo por fora, é claro), na lida acadêmica   Me veio isso aí, nos tenros vinte-uns Leitura não se reduz à escrita,  é o que levamos pra vida e nos incorpora a partir de certo ponto Mas as influências são inevitáveis Sendo generoso, como se pede a todo bom leitor ainda hoje o texto me traz muitas  e boas lembranças Hoje, o que ficou da época, do que sempre fica Romântico incorrigível e idealista até os ossos, mesmo contra todas as probabilidades Existencialista no que sobra, tentando não  sucumbir ao excesso de senso crítico e pessimismo: Enfim, a persistente contradição que brota do meu próprio signo  

Cinco Graças

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  (Outra da série: "vale a pena ver de novo" "Mustang", título original, produção França/Turquia 2016) Poesia visual misturada à solidez do tema ainda dramático  da luta das mulheres por liberdade  nos países do Islã)

Paulo Mendes Campos

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  Um grande escritor, que por estes tempos anda meio esquecido. Coleção fantástica de "Melhores Poemas"da Global ed, pela seleção criteriosa e  pelo pequeno ensaio de apresentação que abre o volume com a obra de cada autor. 

Asas do desejo

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Série sobre Wim Wenders continuada no MUBI, com a exibição dessa obra-prima não apenas do autor, mas de toda a história do cinema

simple minds

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BBB

Nem é discurso de intelectual  (rótulo que rejeito porque meu órgão  mais importante não é o cérebro mas o peito) porque em anos anteriores  distraído e zapeando  (não mais que por acaso,é claro),  confesso eu mesmo já dei boas risadas  e como voyeur também espreitei  aqueles pares de coxas, tatuagens, as maravilhosas bundas  e os exíguos biquínis à bela moda brasileira na beira da piscina Mas há uma pegadinha aqui  que me veio de estalo na meia hora insuportável que  andei acompanhando este ano Quando este novo BBB acabar ninguém mais vai aguentar ouvir qualquer discurso que mencione dentre outras, as palavras Igualdade  Luta Direitos  Feminismo  Inclusão Gênero Homofobia  Racismo           Etc Havendo, em tese, no programa, uma composição étnica, racial, social e profissional supostamente relacionada à heterogeneidade brasileira, é natural que exista uma multiplicidade de tendências, gostos e  atitudes como se observa facilmente a qualquer tempo Mas, entrando pro time que trabalha co

Criaturas da noite

Vinho quente e fogueira de lenha na antiga laje de pedra  O violão segurando o blues  para um pôr-do-sol nobre e rubro  se despedindo atrás do morro Dos lados, apenas a mata silenciosa Coro de corujas ressabiadas  iniciando o pio E o rio leve em estação de secas Risadas e cantorias Enquanto aguardávamos seu nascimento no vão entre os picos mais altos Daí a pouco, no sobressalto A cara branca de pedra                                                    infiniluz Trazendo até nós um espelho de histórias roubadas de outras eras  O incenso ritual passando a roda E à medida em que a fumaça subia  O vinho acariciando o peito (Seu caminho avançando na noite) A brincadeira de adivinhar os  bilenares portraits sobre suas crostas Distantes e tão próximas Objetivas focando  o mesmo quadro no espaço  ao mesmo tempo e achando pinturas tão díspares Cada um -- viajante de si --  na liga-mestra dessa espaçonave via então uma diferente tela Desenhos de letras gregas O rosto de um santo  ou de algum conh

Cansaço

Às vezes é isso mesmo A vida tem hora que é só  um bando de tristezas amontoadas  e não sabemos em um dado momento se nós é que somos pequenos ou o resto é que é muito grande Dramas, mal-entendidos, comédias e tragédias. Um verdadeiro pé-no-saco  Ainda mais quando se vê surgir nessa  poeira rota as falas que nada acrescentam mas queimam por todos os cantos quando se põem em intenções cáusticas Uma enorme sequência de erros e a gente é que disfarça palhaçando pra não parecer                    pirraçando pra não perecer Há derrotas individuais, tantas Derrotas coletivas. muitas. Todas doem Nas individuais, o consolo de saber que, dos erros todos, os mais tolos foram meus e de mais ninguém Em sentido coletivo, para os que habitam os rincões do planeta Terra  é se esforçar pelo mérito de não morrer por um dia seja de fome, dor de barriga, guerra ou de tanto trabalhar nas mais precárias condições Ser Brasileiro assim, em maiúsculas, hoje mesmo nadando em meio à nossa riqueza potencial exub